A classificação AWaRe de antibióticos foi desenvolvida em 2017 pelo Comitê da Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma ferramenta para apoiar os esforços de administração de antibióticos nos níveis local, nacional e global.
Os antibióticos são classificados em três grupos:
Acesso: antibióticos que têm atividade contra uma ampla gama de patógenos usualmente identificados, ao mesmo tempo que apresentam menor potencial de resistência do que os antibióticos dos outros grupos. Recomendados como primeira ou segunda opção de tratamento empírico para síndromes infecciosas revisadas por Comitê de Especialistas. Exemplos: cefalosporinas de 1ªG, betalactâmicos associados a inibidores, algumas penicilinas, etc.
Observação: envolve classes de antibióticos que têm maior potencial de resistência e incluem a maioria dos agentes de maior prioridade entre os antimicrobianos criticamente importantes para a medicina humana e/ou antibióticos que apresentam risco relativamente alto de seleção de resistência bacteriana. Estes medicamentos devem ser priorizados como alvos principais dos programas de gestão e monitorização. Exemplos: cefalosporinas de 2ªG, 3ªG e 4ªG, aminoglicosídeos, fluorquinolonas, glicopeptídeos.
Reserva: classes de antibióticos que devem ser reservadas para o tratamento de infecções confirmadas ou suspeitas devido a organismos multirresistentes. Os antibióticos do grupo de reserva devem ser tratados como opções de “último recurso”. Estes antibióticos devem ser acessíveis, mas a sua utilização deve ser adaptada a pacientes e contextos altamente específicos, quando todas as alternativas falharam ou não são adequadas. Exemplos: Polimixinas, aztreonam, ceftazidima-avibactam, tigeciclina, fosfomicina, etc.
Acessa a lista atualizada em: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-MHP-HPS-EML-2023.04