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Segurança de medicamentos em polifarmácia

Garantir a segurança dos medicamentos na polifarmácia é um dos principais desafios para a segurança dos medicamentos atualmente. Convencionalmente, a polifarmácia tem sido percebida como um uso excessivo de medicamentos, embora possa ser mais útil percebê-la em termos de adequação, pois há muitos casos em que o uso simultâneo de vários medicamentos pode ser considerado necessário e benéfico.

Num ambiente complexo de cuidados de saúde com muitas prioridades concorrentes, é útil delinear as implicações de segurança, clínicas e econômicas para uma gestão adequada da polifarmácia. Também pode ser útil desenvolver um plano de implementação que aplique teorias e ferramentas de gestão e implementação de mudanças, como o proposto pela Organização Mundial de Saúde

 

Mas o que caracteriza polifarmácia?

Polifarmácia é o uso simultâneo de vários medicamentos. Embora não exista uma definição padrão, a polifarmácia é frequentemente definida como o uso rotineiro de cinco ou mais medicamentos. Isso inclui medicamentos de venda livre, prescritos e/ou tradicionais e complementares utilizados por um paciente.

A polifarmácia inapropriada está presente quando são prescritos um ou mais medicamentos que não são ou não são mais necessários, seja porque:

(a) não há indicação baseada em evidências, a indicação expirou ou a dose é desnecessariamente alta;

(b) um ou mais medicamentos não conseguem atingir os objetivos terapêuticos que se destinam;

(c) um ou a combinação de vários medicamentos causa Reações Adversas ao Medicamento (RAM), ou coloca o paciente em alto risco de RAMs ou porque

(d) o paciente não está disposto ou não é capaz de tomar um ou mais medicamentos conforme pretendido.

 

Os profissionais de saúde que trabalham em equipes multidisciplinares proporcionam ótimos resultados aos pacientes. Eles precisam estar cientes dos fatores humanos que podem afetar seu desempenho e o desempenho de outras pessoas. O conhecimento dos fatores humanos pode ser ainda mais útil na comunicação com os pacientes e na tomada de decisão partilhada em polifarmácia

As principais etapas para garantir a segurança dos medicamentos são:

  1. Prescrição adequada e avaliação do risco;
  2. Revisão das medicações;
  3. Dispensação, preparo e administração;
  4. Comunicação e engajamento do paciente
  5. Reconciliação medicamentosa na transição do cuidado.

Fonte: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-UHC-SDS-2019.11 

Sintetizado por Laura Czekster Antochevis

Link: https://www.linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104/

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