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CCIH CURSOS: HÁ 21 ANOS DISSEMINANDO SABEDORIA

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Clostridioides difficile – Um desafio emergente

Clostridioides difficile – Um desafio emergente

Clostridioides difficile é uma bactéria emergente conhecida por causar diarreia grave e representa um desafio crescente para os serviços de saúde em todo o mundo.

Nesta live com o infectologista João Victor Soares Coriolano Coutinho, abordaremos a epidemiologia, fisiopatologia e quadro clínico da infecção por Clostridioides difficile, além da prevelência de cepas virulentas e genes de resistência a antimicrobianos. Discutiremos também quais as recomendações para o diagnóstico laboratorial, os fatores de risco para a infecção, as estratégias de prevenção e as diretrizes de tratamento mais recentes. Além disso, falaremos sobre as boas práticas e recomendações necessárias para controlar a disseminação dessa bactéria nos hospitais. A moderação será feita por Tadeu Fernandes e Beatriz Grion.

Principais tópicos:

07:31 Introdução

10:09 Linhagens de Clostridioides difficile

10:55 Linha do tempo das descobertas sobre o Clostridioides difficile

13:05 Impactos na Amética do Norte e Europa

14:05 Fisiopatologia

16:58 Toxinas

17:26 Classes de antibióticos que aumentam a predisposição à infecção por Clostridioides difficile.

18:18 Manifestações clínicas

21:41 Diagnóstico

23:19 Fluxograma para investigação de CDI

25:10 Tratamento

28:00 Imunobiológicos

30:10 Transplante de fezes

32:54 Medidas de precaução

33:55 Outras causas de diarréia

39:04 Início da discussão. O que a CCIH precisa observar em pacientes com diarreia?

43:25 Cuidados durante o transplante fecal.

49:30 Outros sintomas de infecção por Clostridioides difficile.

50:42 Recomendações para coleta de fezes

51:43 O que fazer quando não há testes diagnóstico disponíveis

53:50 Colostro

54:14 Há evidência para uso de probiótico?

55:12 Profilaxia

56:10 Medidas de precaução

58:31 5 momentos de higiene das mãos

1:00:45 Recorrência e precaução de contato.

1:03:12 Quando iniciar o tratamento

1:03:55 Por que não há obrigatoriedade de notificação de infecção por Clostridioides?

1:07:37 Conduta no tratamento de pacientes em uso de vancomicina intravenosa.

1:08:30 Qual a indicação da vacina em desenvolvimento? Desafios no tratamento.

1:12:42 Novos antibióticos e limitações na realidade brasileira.

1:15:01 Grupo de risco para vacina

1:15:50 Higienização ambiental

1:18:05 Suspensão do isolamento

1:20:00 Colonização em neonatos

1:23:10 Desafios e perspectivas

1:24:58 Exame de toxina, é necessário repetir?

 

Colite pseudomembranosa – saiba mais

A colite pseudomembranosa é uma inflamação grave do cólon, frequentemente associada à infecção pela bactéria Clostridioides difficile (anteriormente conhecida como Clostridium difficile). Esta condição é caracterizada pela formação de pseudomembranas na mucosa do cólon, que são compostas por exsudatos fibrinosos, leucócitos mortos e restos celulares.

Doenças Causadas por Clostridioides difficile

Além da colite pseudomembranosa, C. difficile pode causar uma série de outras doenças, incluindo:

Diarreia associada a antibióticos: uma condição mais leve que pode preceder a colite pseudomembranosa.

Colite não pseudomembranosa: inflamação do cólon sem a formação de pseudomembranas.

Colite fulminante: uma forma grave de colite que pode levar à toxicidade sistêmica e requer intervenção cirúrgica urgente.

Modo de Transmissão

A infecção por Clostridioides difficile ocorre principalmente em ambientes hospitalares e de cuidados prolongados. A transmissão é fecal-oral e pode acontecer através de superfícies contaminadas, mãos de profissionais de saúde e ingestão de esporos da bactéria, que são altamente resistentes e podem sobreviver por longos períodos no ambiente.

Sinais e Sintomas

Os sinais e sintomas variam de leve a grave e podem incluir:

Diarreia aquosa frequente (três ou mais vezes ao dia por dois ou mais dias)

Dor abdominal e cólicas

Febre

Náuseas

Desidratação

Perda de apetite

Sangue ou pus nas fezes (em casos mais graves)

 

Diagnóstico

O diagnóstico da infecção por Clostridioides difficile é baseado em:

História clínica e sintomas do paciente

Testes laboratoriais das fezes para detecção das toxinas produzidas pela bactéria (toxinas A e B)

Testes moleculares para identificar a presença do gene da toxina

Exames de imagem, como tomografia computadorizada, para avaliar a extensão da inflamação no cólon

Tratamento

O tratamento da colite pseudomembranosa e outras infecções por C. difficile inclui:

Interrupção do uso de antibióticos que possam ter desencadeado a infecção

Administração de antibióticos específicos contra C. difficile, como metronidazol, vancomicina oral ou fidaxomicina

Em casos graves, a colectomia pode ser necessária

Transplante de microbiota fecal (TMF) pode ser considerado em infecções recorrentes ou refratárias

Medidas de Prevenção

Para prevenir a disseminação de Clostridioides difficile, as seguintes medidas são recomendadas:

Higiene rigorosa das mãos com água e sabão, especialmente após contato com pacientes infectados ou superfícies potencialmente contaminadas

Uso adequado de luvas e aventais pelos profissionais de saúde

Limpeza e desinfecção adequada de superfícies e equipamentos hospitalares

Isolamento de pacientes infectados para evitar a transmissão cruzada

Uso criterioso de antibióticos para minimizar o risco de disbiose intestinal e subsequente infecção por C. difficile

A conscientização e a adesão às medidas de controle de infecção são cruciais para reduzir a incidência de infecções por Clostridioides difficile e suas complicações associadas.

 

 

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