A Anvisa publicou, em 12 de dezembro, uma atualização da Nota Técnica com orientações para a identificação, prevenção e controle de infecções por Candida auris em serviços de saúde. Essa nova versão apresenta importantes mudanças em relação à anterior. Confira, a seguir, as principais alterações:
- Atualização sobre o histórico dos surtos que ocorreram no Brasil.
- Atualização da lista de Laboratórios para Identificação de Candida auris por MALDI-TOF com inclusão do Lacen Pernambuco.
- Atualização da nomenclatura de CECIH para CECIRAS/CDCIRAS e de CCIH para CCIRAS
- Alteração do nome da Rede de laboratórios de referência para MALDI-TOF para Rede de Indentificação por MALDI-TOF
- Inclusão de Método de qPCR específico para identificação de Candida auris
- Atualização na Triagem para identificação de Candida auris por métodos fenotípicos.
- Na identificação inicial ou suspeita de Candida auris com base em sistemas comerciais, foi feito uma inclusão de observação sobre erro de identificação de Candida auris como Candida parapsilosis pelo sistema BD Phoenix após subcultivo no meio Sabouraud com cloranfenicol.
- Atribuições e lembretes aos laboratórios dos serviços de saúde na Rede para identificação de Candida auris em serviços de saúde.
– 1.Por intermédio da CECIRAS, o laboratório presta as informações necessárias para o Lacen avaliar se os critérios para envio de isolados foram atendidos.
– 2. Chamar atenção para o seguinte: Por ser um patógeno de relevância para saúde pública, é imprescindível que todas as amostras suspeitas sejam enviadas aos Laboratórios para identificação de Candida auris por MALDI-TOF e sequenciamento, mesmo que o laboratório do serviço de saúde tenha capacidade de realizar essas análises .
- A CECIRAS agora atua como intermediária entre o laboratório ou serviço de saúde e o Lacen no envio de amostras suspeitas ou confirmadas de Candida auris. O laboratório do serviço de saúde é responsável por fornecer as informações necessárias para que o Lacen avalie os critérios de envio dos isolados. Além disso, foi incluída a atribuição de enviar relatórios periódicos à Anvisa com atualizações sobre os casos e ações de controle realizadas.
- As CCIRAS agora têm a atribuição de encaminhar à CECIRAS/CDCIRAS os planos de ação para controle de surtos de Candida auris e suas atualizações.
- Os Lacens devem verificar, com base nas informações fornecidas pelos laboratórios dos serviços de saúde por intermédio da CECIRAS, se os critérios para o envio de isolados à Rede Nacional estão sendo atendidos. Além disso, os Lacens que utilizam MALDI-TOF devem encaminhar todos os isolados confirmados por esse método ao Laboratório Colaborador Referência para sequenciamento genético, mesmo que tenham capacidade de realizar o sequenciamento e testes de sensibilidade internamente.
- As atividades da Rede agora incluem lembretes importantes para situações de surto e ações a serem realizadas pelo CIEVS local, Anvisa e CGLAB/MS diante da suspeita ou confirmação de surtos por Candida auris.
- O Anexo I foi atualizado para refletir as mudanças no fluxo de encaminhamento de isolados e inclui uma tabela revisada com a distribuição dos estados atendidos por Lacens que realizam a identificação de Candida auris por MALDI-TOF.
- O Anexo II foi ajustado para aprimorar o protocolo de coleta de amostras de pacientes e ambientes para vigilância de Candida auris, incluindo as narinas como sítio anatômico para coleta.
- O Anexo IVa agora inclui um fluxograma proposto para o monitoramento de pacientes colonizados em unidades com surtos de Candida auris, como parte das medidas de triagem e vigilância.
- O Anexo IVb foi atualizado com revisões ao longo do texto sobre medidas de prevenção e controle de Candida auris.
- O Anexo VI foi atualizado com esclarecimentos sobre o uso de discos de antibióticos para os Lacens.
- O Anexo VIII foi incluído, abordando o método de qPCR específico para Candida auris.
- O Anexo IX foi incluído, contendo respostas para várias dúvidas surgidas durante surtos anteriores de Candida auris.
Elaborado por:
Beatriz Grion
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