Um dos maiores pensadores da atualidade, Edgar Morin, na sabedoria de seus 99 anos, afirmou recentemente: “Pensamos viver certezas, com estatísticas, previsões, e com a ideia de que tudo era estável, quando já tudo começava a entrar em crise. Não nos demos conta. Precisamos aprender a viver com a incerteza, isto é, ter a coragem de enfrentar, de estar pronto para resistir às forças negativas. A crise nos torna mais loucos e mais sábios. Uma coisa e outra. Grande parte das pessoas perde a cabeça e outras tornam-se mais lúcidas A crise favorece as forças mais contrárias. Desejo que sejam as forças criativas, as forças lúcidas e as que buscam um novo caminho, aquelas a se imporem, embora ainda sejam muito dispersas e fracas. Com razão podemos nos indignar, mas não devemos nos trancar na indignação. Eu desejo força, coragem e lucidez. Precisamos viver em pequenos oásis de vida e de fraternidade.”
Estes são valores essenciais que vivenciamos em todas as nossas atividades, sejam os cursos, site, redes sociais e em mais este boletim, nossos oásis, onde trazemos importantes informações para esperança e superação destes momentos difíceis, mas de muito aprendizado, para quem sabe crescer com os desafios dos imprevistos da vida.
ANVISA: andamento das análises de uso emergencial
A Anvisa enviou nesta quinta-feira (14/1/21) dois ofícios para a Fiocruz e para o Instituto Butantã, reiterando os dados que faltam e devem ser completados para análise e conclusão dos pedidos de uso emergencial das vacinas destes laboratórios. Foi solicitado que os laboratórios respondam ainda hoje aos ofícios.
Uso emergencial: como acontece a decisão
A Reunião Extraordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa acontece neste domingo (17/1/2021), a partir das 10h, e vai decidir sobre o uso emergencial de vacinas contra Covid-19.
O uso emergencial de vacinas foi regulamentado pela Anvisa em 10 de dezembro do ano passado, por meio da resolução (RDC) 444. A norma definiu as regras para que vacinas para Covid-19 possam ter o seu uso autorizado antes mesmo que todos os estudo e dados sejam finalizados.
As vacinas autorizadas temporariamente para uso emergencial para a prevenção da Covid-19 serão destinadas preferencialmente ao uso em programas de saúde pública pelo Ministério da Saúde, em caráter experimental. O uso emergencial é considerado um uso ainda experimental e por isso tem valor temporário, até que a vacina receba o registro definitivo no país.
Como se trata de uma autorização excepcional, a norma definiu que a Diretoria Colegiada da Anvisa tomará a decisão final sobre a autorização. Essa decisão será baseada nos pareceres das áreas técnicas da Agência envolvidas na avaliação dos pedidos de uso emergencial.
Alerta sobre suposta venda de vacinas falsas pela internet
Anvisa tomou conhecimento, por meio da mídia, da suposta venda pela internet de vacinas contra a Covid-19 falsificadas. De acordo com as notícias divulgadas, o produto falsificado é oferecido em sites e também a partir de mensagens enviadas pelas redes sociais. Alguns desses criminosos prometem, inclusive, entregar o produto depois de registrado no Brasil. A Polícia Civil investiga os casos.
É importante observar que, até o momento, não há nenhuma vacina contra a Covid-19 registrada ou autorizada para uso emergencial no país. Tanto o registro quanto a autorização para uso emergencial de medicamentos (inclusive as vacinas) são de competência da Anvisa. Sem essas autorizações, um medicamento não pode ser comercializado e disponibilizado à população, sob risco para a saúde dos consumidores.
É preciso ressaltar que somente empresas devidamente certificadas pela Anvisa e licenciadas pela autoridade sanitária local poderão, quando for o caso, distribuir, fabricar, importar, transportar e aplicar as vacinas de Covid-19 autorizadas. No caso de vacinas importadas, a norma sanitária prevê que a empresa importadora é responsável pela qualidade, eficácia e segurança dos lotes importados das vacinas. Cada lote importado é submetido a ensaios completos de controle de qualidade pelo fabricante e deve possuir um certificado de liberação, de acordo com as especificações estabelecidas no registro do produto junto à Anvisa.
As vacinas para consumo no Brasil e para exportação também devem ser avaliadas, de acordo com as normas sanitárias, quanto às condições de armazenamento e transporte, de modo que haja liberação de todos os lotes dos produtos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
Atenção, consumidores! A falsificação de medicamentos pode ocasionar danos irreversíveis à saúde, podendo levar a óbito, uma vez que não é possível verificar a segurança, a qualidade e a eficácia desses produtos.
Fontes potenciais, modos de transmissão e eficácia das medidas de prevenção contra SARS-COV-2
Excelente revisão bibliográfica das evidências científicas acumuladas até agora sobre o SARS-CoV-2. Esta revisão teve como objetivo resumir de forma abrangente as evidências atuais (artigo aceito em setembro de 2020) sobre as possíveis fontes de SARS-CoV-2, incluindo avaliação dos riscos e possíveis medidas de transmissão.
Publicada Nota Técnica da Anvisa sobre testes rápidos
Anvisa acaba de publicar a Nota Técnica (NT) 7/2021, que dispõe sobre as orientações para a realização de testes rápidos, do tipo ensaios imunocromatográficos, para a investigação de infecção pelo novo coronavírus.
A publicação é destinada às farmácias e aos serviços de saúde, públicos e privados, que têm permissão para a realização dos referidos testes. O documento aborda a execução de testes rápidos, bem como as medidas de prevenção que devem ser adotadas durante a assistência aos casos suspeitos.
Destaca-se que a NT recomenda o uso de testes para pesquisa de antígeno viral, por exemplo, do tipo RT-PCR e TR-Ag, para diagnosticar infecção aguda. Além disso, informa que não é recomendado o uso de TR-AC para diagnosticar infecção aguda.
O documento ressalta ainda que os resultados do TR-AC não devem ser usados isoladamente para determinar, por exemplo, se alguém pode voltar ao trabalho.
Anvisa divulga nova Nota Técnica com orientações às farmácias
Anvisa publicou nesta segunda-feira (11/1) a Nota Técnica (NT) 6/2021, que dispõe sobre as orientações destinadas às farmácias enquanto durar a pandemia de Covid-19. Ela substitui a NT 96/2020.
O documento tem como objetivo minimizar o risco de exposição ao novo coronavírus para as equipes que atuam nesses estabelecimentos e reduzir os riscos aos clientes, a partir da adoção de princípios de prevenção e controle de infecções e distanciamento social. As principais alterações da NT 6/2021 estão relacionadas à execução dos testes rápidos para a investigação da infecção causada pelo Sars-CoV-2.
É importante observar que as farmácias e drogarias são estabelecimentos que realizam atividades essenciais durante a pandemia, devido à comercialização de produtos para saúde e à prestação de serviços de saúde à população. Assim sendo, é fundamental que cumpram as orientações desta nova NT e de outros regulamentos e documentos relacionados ao enfrentamento da disseminação da Covid-19.
UNICEF, OMS, IFRC e MSF anunciam o estabelecimento de um estoque global de vacina contra o Ebola
As quatro principais organizações internacionais de saúde e humanitárias anunciaram hoje o estabelecimento de um estoque global de vacina contra o Ebola para garantir a resposta a surtos.
O esforço para estabelecer o estoque foi liderado pelo Grupo de Coordenação Internacional (ICG) sobre Provisão de Vacinas, que inclui a Organização Mundial da Saúde (OMS), UNICEF, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) e Médecins Sans Frontières (MSF), com apoio financeiro da Gavi, a Vaccine Alliance. O estoque permitirá aos países, com o apoio de organizações humanitárias, conter futuras epidemias de ebola, garantindo o acesso oportuno às vacinas para as populações em risco durante os surtos.
A vacina injetável de dose única contra o Ebola (rVSV∆G-ZEBOV-GP, ao vivo) é fabricada pela Merck, Sharp & Dohme (MSD) Corp. e desenvolvida com apoio financeiro do governo dos Estados Unidos da América (EUA). A Agência Europeia de Medicamentos licenciou a vacina contra o Ebola em novembro de 2019, e a vacina agora é pré-qualificada pela OMS e licenciada pela Food and Drug Administration dos EUA, bem como em oito países africanos.
Antes de obter o licenciamento, a vacina foi administrada a mais de 350.000 pessoas na Guiné e nos surtos de Ebola de 2018-2020 na República Democrática do Congo, sob um protocolo de “uso compassivo”.
Cientistas globais apostam na pesquisa de variantes do SARS-CoV-2 no fórum organizado pela OMS
Cientistas globais estão intensificando as pesquisas sobre COVID-19, à medida que a Organização Mundial da Saúde (OMS) se move para expandir sua colaboração científica e monitoramento de variantes emergentes do SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19.
Uma reunião virtual de um dia inteiro de cientistas de todo o mundo, convocada pela OMS, reuniu mais de 1.750 especialistas de 124 países para discutir lacunas críticas de conhecimento e prioridades de pesquisa para variantes emergentes do vírus.
Ao recebê-los, o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS, disse: “A ciência e a pesquisa desempenharam um papel vital na resposta à pandemia desde o primeiro dia e continuarão a ser o coração de tudo o que a OMS faz”.
A consulta foi estruturada em torno de seis áreas temáticas que abrangem epidemiologia e modelação matemática, biologia evolutiva, modelos animais, ensaios e diagnósticos, gestão clínica e terapêutica e vacinas.
Os cientistas notaram a importância da pesquisa para detectar e compreender precocemente o impacto potencial das variantes emergentes em diagnósticos, tratamentos e vacinas.
Houve um consenso sobre a importância de integrar a nova pesquisa de variantes do SARS-CoV-2 à agenda global de pesquisa e inovação, ao mesmo tempo em que se aprimora a coordenação entre as disciplinas.
“Nosso objetivo coletivo é chegar à frente do jogo e ter um mecanismo global para identificar e estudar rapidamente as variantes de preocupação e compreender suas implicações para os esforços de controle de doenças”, disse a Dra. Ana Maria Henao Restrepo, chefe do projeto de P&D da OMS.
CDC Expande Requisito de Teste COVID-19 Negativo para Todos os Passageiros Aéreos que entram nos Estados Unidos
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças estão expandindo a exigência de um teste COVID-19 negativo para todos os passageiros aéreos que entram nos Estados Unidos. O teste antes e depois da viagem é uma camada crítica para retardar a introdução e disseminação do COVID-19. Essa estratégia é consistente com a fase atual da pandemia e protege a saúde dos americanos de forma mais eficiente.
Variantes do vírus SARS-CoV-2 continuam a surgir em países ao redor do mundo, e há evidências de maior transmissibilidade de algumas dessas variantes. Com os EUA já em situação de emergência, a exigência de testes para passageiros aéreos ajudará a diminuir a disseminação do vírus enquanto trabalhamos para vacinar o público americano.
Antes da partida para os Estados Unidos, um teste obrigatório, combinado com as recomendações do CDC para fazer o teste novamente 3-5 dias após a chegada e ficar em casa por 7 dias após a viagem, ajudará a desacelerar a disseminação do COVID-19 nas comunidades dos EUA devido às viagens infecções relacionadas. Testes antes da partida com resultados conhecidos e avaliados antes do início da viagem ajudarão a identificar viajantes infectados antes de embarcarem nos aviões.
Fonte: https://www.cdc.gov/media/releases/2021/s0112-negative-covid-19-air-passengers.html
Surto de Candida auris em uma unidade de cuidados especializados COVID-19 – Flórida, julho a agosto de 2020
Em julho de 2020, o Departamento de Saúde da Flórida foi alertado sobre três infecções da corrente sanguínea por Candida auris e uma infecção do trato urinário em quatro pacientes com doença coronavírus de 2019 (COVID-19) que receberam atendimento na mesma unidade COVID-19 dedicada de um hospital de cuidados intensivos (hospital A). C. auris é uma levedura multirresistente que pode causar infecção invasiva. Sua capacidade de colonizar pacientes de forma assintomática e persistir em superfícies contribuiu para surtos anteriores de C. auris em ambientes de saúde (1–7). Desde que o primeiro caso de C. auris foi identificado na Flórida em 2017, medidas agressivas foram implementadas para limitar a propagação, incluindo rastreamento de contato e triagem na detecção de um novo caso. Antes da pandemia de COVID-19, o hospital A conduzia triagem de admissão para C. auris e admitia pacientes colonizados em uma enfermaria dedicada separada.
Fonte: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/mm7002e3.htm?s_cid=mm7002e3_w
Confira um relato de caso de paralisia facial após surto de Doença de Chagas em Pernambuco
Um grupo de especialistas de Pernambuco, Recife, divulgou um relato de paralisia facial e outros sintomas em paciente que contraiu Chagas recentemente, após contaminação em encontro religioso. Uma publicação brasileira, vamos prestigiar!
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2021005002203&script=sci_arttext&tlng=en
Nota da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) sobre a eficácia das vacinas para a COVID-19
No dia 13/01/20, a SBI divulgou uma nota incentivando a vacinação em massa da população brasileira, com a vacina do Butantan. A associação afirma que “a vacina do Instituto Butantan diminui 50% a chance de qualquer pessoa ter qualquer sintoma leve, e 78% de mais sintomas. (…)Isso é um resultado muito bom, como é o da vacina Oxford.”
Como reduzir solicitações desnecessárias de urocultura?
Não existem estudos anteriores neste assunto em como diminuir as requisições para Cultura de Urina em pacientes internados em Clínica Médica, usando métodos de educar os prescritores ou usando Labstick com resultados negativos de análise de urina.
Requisições desnecessárias de cultura de urina levam a Internações prolongadas e tratamento inapropriados de bacteriúria com um importante aumento de infecção por Clostridium difficile e a aquisição de resistência microbiana.
Fonte: https://www.ccih.med.br/como-reduzir-solicitacoes-desnecessarias-de-urocultura/
Elaborado por Laura Czekster Anthochevis
Contatos: laura_czeats@hotmail.com ou http://linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104