A aprendizagem contínua dos profissionais de saúde é essencial para garantir a eficácia das práticas de prevenção e controle de infecções em ambientes de saúde. A ida do enfermeiro controlador de infecção para o ambiente da atenção primária em saúde (APS) é recente e existem inúmeros desafios na construção do papel deste enfermeiro em um contexto de saúde fora do ambiente hospitalar. Nesta live com a enfermeira Thais Lozovoi Tomaz, vamos aprender como é a interface entre educação continuada e controle de infecção no ambiente de APS, quais metodologias educativas podem ser utilizadas para os treinamentos e quais as iniciativas desenvolvidas para a atualização sobre práticas de controle de infecção, promoção da cultura de segurança, qualidade e resposta a surtos e emergências. A moderação será feita por Beatriz Grion, Filipe Prohaska e Tadeu Fernandes.
Principais tópicos:
16:00 interfaces entre CCIH e educação continuada da assitência primária
19:00 atividades da CCIH na assistência primária
26:50 indicadores da CCIH em assistência primária
31:00 receptividade da CCIH na assistência primária
35:00 atuação farmacêutica na assistência primária
39:00 acreditação na assistência primária
47:00 equipe de curativos na assistência primária
57:00 Impacto da CCIH na assistência primária
58:00 presença de pets em visita domiciliar com paciente acamado
1:00:50 indicadores de desempenho e de higiene de mãos em assistência primária
1:03:45 zoonoses na asistência primária
1:08:25 transporte de pacientes
1:09:45 atividades de treinamento na assistência primária
1:14:00 planejamento dos treinamentos em assistência primária
1:25:20 programa de controle de infecção na assistência primária
1:28:20 responsabilidade por protocolos de limpeza e desinfecção na assistência primária
1:31:20 perspectivas para educação continuada e controle de infecção na assistência primária
Importância da CCIH e da educação continuada na assistência primária à saúde
A Assistência Primária à Saúde (APS) refere-se ao primeiro nível de contato dos indivíduos, famílias e comunidades com o sistema de saúde, sendo uma abordagem de saúde holística e de acesso universal. A APS envolve a prestação de serviços de saúde preventivos, curativos e de reabilitação. Sua importância reside na capacidade de promover a saúde comunitária, reduzir a necessidade de serviços de saúde secundários e terciários mais caros, e melhorar os resultados de saúde a longo prazo através de cuidados acessíveis e contínuos.
Educação Continuada dos Profissionais de Saúde: No contexto da APS, a educação continuada é essencial para garantir que os profissionais estejam sempre atualizados com as melhores práticas e novas pesquisas. As atividades de educação continuada podem incluir workshops, seminários, conferências e cursos online. O objetivo é fortalecer as capacidades dos profissionais para fornecer cuidados de alta qualidade e responder eficazmente às necessidades de saúde da população.
Comissão de Controle de Infecção: A comissão de controle de infecção é crucial na APS, especialmente considerando a natureza frequentemente preventiva dos cuidados primários. Esta comissão é responsável por desenvolver políticas, procedimentos e protocolos para minimizar o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde. As atividades podem incluir treinamentos regulares em higiene das mãos, uso adequado de equipamentos de proteção individual e procedimentos seguros de limpeza e esterilização.
A educação continuada e o controle de infecções são fundamentais para a manutenção da qualidade e da segurança no ambiente de saúde, garantindo que a APS possa cumprir seu papel essencial no sistema de saúde.
CCIH na Atenção Primária à Saúde
Implementar uma comissão de controle de infecção em uma clínica de Assistência Primária à Saúde (APS) é essencial para garantir práticas seguras e reduzir as taxas de infecção associadas aos cuidados de saúde. Aqui estão os passos fundamentais para uma implementação eficaz:
Formação da Comissão: A comissão deve ser formada por profissionais de saúde de diversas áreas, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório e administradores. É importante incluir um especialista em controle de infecções.
Desenvolvimento de Políticas e Procedimentos: A comissão deve desenvolver e revisar regularmente políticas e procedimentos de controle de infecções. Estes devem estar alinhados com as diretrizes nacionais e internacionais e ser adaptados às realidades locais da clínica.
Treinamento e Educação Continuada: Organizar sessões de treinamento regular para todo o pessoal da clínica sobre práticas de controle de infecção, como higiene das mãos, uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e procedimentos de limpeza e desinfecção.
Monitoramento e Avaliação: Implementar um sistema de monitoramento para rastrear infecções adquiridas na clínica e avaliar a eficácia das intervenções de controle. Isso pode incluir auditorias regulares e feedback para a equipe.
Comunicação Eficaz: Garantir que as informações sobre práticas de controle de infecções e quaisquer atualizações sejam comunicadas eficazmente a todos os membros da equipe, para que as políticas sejam seguidas consistentemente.
Adaptação e Melhoria Contínua: A comissão deve estar aberta para revisar e adaptar as políticas conforme necessário, com base nos dados coletados e nas mudanças nas diretrizes de saúde pública.
Implementar essas estratégias pode ajudar uma clínica de APS a manter um ambiente seguro tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, minimizando o risco de propagação de infecções.
Autores:
Beatriz Grion
Antonio Tadeu Fernandes
Fontes:
CDC Atlanta
Organização Mundial de Saúde