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Anvisa libera nota técnica sobre a varíola dos macacos

A Anvisa divulgou hoje, 31 de maio, a Nota Técnica 03/2022, contendo orientações para prevenção e controle da Monkeypox, ou varíola dos macacos, nos serviços de saúde. Neste artigo resumimos os principais tópicos desta nota técnica. Confira os conteúdos que abordaremos aqui:

  • O que será abordado nesse artigo?
  • Qual o principal objetivo desta nota técnica?
  • Quais as informações que a NT 03/2022 apresenta?
  • Além de conhecer a fisiopatogenia e manejo da doença, como os serviços de saúde devem se preparar?

O que será abordado neste artigo?

Em artigo anterior (https://www.ccih.med.br/a-variola-de-macaco-pode-nos-ameacar/) falamos sobre a emergência desta zoonose, seus sinais e sintomas, modo de transmissão, prognóstico, tratamento e outras informações. Apesar de erradicada no mundo em 1980, desde então foram relatados casos em países africanos, Estados Unidos, entre outros.

Em 15 de maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada de 4

casos confirmados de Monkeypox do Reino Unido. Dois dias depois, dois outros

países relataram casos e até dia 20 de maio de 2022 já havia 11 países com casos notificados. Até o momento, a região das Américas, notificou três casos de Monkeypox, no

Canadá e nos Estados Unidos da América. Por enquanto, o Brasil tem apenas casos suspeitos. Diante deste cenário, a Anvisa divulgou a Nota Técnica 03/2022, com o objetivo de orientar os serviços de saúde a se prepararem para a triagem e manejo de pacientes com suspeita ou confirmação da varíola dos macacos.

Qual o principal objetivo desta nota técnica?

Orientar os serviços de saúde do país sobre a necessidade de implementar medidas de preparação e resposta com base na prevenção e controle da transmissão da Monkeypox dentro desses serviços, com as informações disponíveis até então.

Quais as informações que a NT 03/2022 apresenta?

Entre outros tópicos, os assuntos abordados são:

  1. Transmissão: A Monkeypox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa de animais infectados. A transmissão secundária, ou seja, de pessoa a pessoa, pode ocorrer por contato próximo com secreções respiratórias infectadas, lesões de pele de uma pessoa infectada ou com objetos e superfícies contaminados. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.
  1. Sinais e sintomas: O período de incubação (intervalo desde a infecção até o início dos sintomas) da Monkeypox é geralmente de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 dias. A infecção pode ser dividida em período febril (entre os dias 0 e 5) e período de erupção cutânea (entre 1 e 3 dias após o início da febre). A Monkeypox é geralmente uma doença autolimitada com os sintomas que duram de 2 a 4 semanas. Casos graves ocorrem mais comumente entre crianças e pessoas com deficiências imunológicas subjacentes.
  1. Vigilância: Todos os profissionais de saúde que atuam em qualquer tipo de serviço de saúde devem estar atentos aos pacientes que apresentam erupção cutânea aguda que progride em estágios sequenciais de máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas que são frequentemente associadas a febre, adenopatia e mialgia. Os casos suspeitos devem ser notificados.
  1. Diagnóstico: O diagnóstico diferencial clínico que deve ser considerado inclui outras doenças exantemáticas, como varicela, sarampo, infecções bacterianas da pele, escabiose (sarna), sífilis e reações alérgicas, herpes, etc. No momento, a confirmação laboratorial será feita por teste molecular (q-PCR) seguido da técnica de sequenciamento.
  1. Rastreamento de contato: Recomenda-se que o serviço de saúde defina estratégias para o monitoramento de contatos (seja pacientes ou profissionais de saúde) a cada 24 horas para observar o aparecimento de sinais e sintomas por um período de 21 dias desde o último contato com um paciente durante o período infeccioso.
  1. Tratamento e vacinação: Não existem tratamentos específicos para a infecção pelo vírus da Monkeypox. Os sintomas dessa doença geralmente desaparecem naturalmente. O paciente deverá receber algumas orientações sobre cuidados com as lesões. As vacinas contra a varíola não estão mais disponíveis no mercado para a população geral e como os casos da Monkeypox são raros, a vacinação universal não é indicada, até porque, hoje, não existem vacinas contra Monkeypox registradas no Brasil.

Além de conhecer a fisiopatogenia e manejo da doença, como os serviços de saúde devem se preparar?

O documento também traz algumas orientações para a prevenção e controle da transmissão da Monkeypox nos serviços de saúde, como:

  • Preparação para a crise, com a implementação de um plano de contingência;
  • Fluxo para os tipos de medidas de precaução necessárias;
  • Fluxo para a acomodação destes pacientes em isolamento;
  • Outros componentes das precauções a serem seguidos no atendimento a pacientes com Monkeypox suspeita ou confirmada;
  • Implementação de controles de engenharia e medidas administrativas;
  • Gerenciamento de resíduos;
  • Fluxo de coleta e transporte de amostras para o laboratório.

Elaborado por Laura Czekster Antochevis

Contatos: [email protected] r ou http://linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104

Fonte: Anvisa. Nota técnica GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 03/2022 – Orientações Para Prevenção e Controle da Monkeypox nos Serviços de Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/nota-tecnica-gvims-ggtes-anvisa-no-03-2022-orientacoes-para-prevencao-e-controle-da-monkeypox-nos-servicos-de-saude/view

Links relacionados: https://www.ccih.med.br/a-variola-de-macaco-pode-nos-ameacar/

https://www.cdc.gov/poxvirus/monkeypox/index.html

https://www.paho.org/pt/documentos/alerta-epidemiologico-variola-do-macaco-em-paises-nao-endemicos-20-maio-2022

https://www.who.int/emergencies/disease-outbreak-news/item/2022-DON385

Palavras-chave e TAGs: monkeypox, varíola dos macacos, zoonose, notificação compulsória, transmissão, triagem, manejo, prognóstico, tratamento, precaução, diagnóstico, período de isolamento, período de incubação, vacina, macacos, erupção cutânea, vigilância epidemiológica, prevenção, controle, serviços de saúde, Organização Mundial da Saúde, sinais e sintomas, Anvisa, contato direto, contato indireto, sangue, fluidos corporais, lesões de pele, mucosa, animais infectados, febre, adenopatia, mialgia, diagnóstico diferencial clínico, doenças exantemáticas, teste molecular, técnica de sequenciamento, rastreamento, plano de contingência, gerenciamento de resíduos, coleta e transporte de amostras, isolamento, controle de engenharias, monitoramento de contatos.

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