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Atividade antibacteriana de um novo nanofármaco contra Acinetobacter baumannii multirresistente

Atividade antibacteriana de um novo nanofármaco contra Acinetobacter baumannii multirresistente

A luta contra a resistência bacteriana é parte do cotidiano dos profissionais de saúde, dentro e fora dos hospitais. Uma das fontes de estudo envolve o desenvolvimento de fármacos com melhor espectro de ação contra esses organismos. Esse estudo avalia a atividade bacteriana de um novo nanofármaco produzido a partir de sais de prata e amicacina no combate a Acinetobacter baumannii.

Por que é importante realizar pesquisas no tema?

Organismos multirresistentes a fármacos estão relacionados a grandes problemáticas de saúde em todo o mundo, sendo que melhorar o espectro de ação dos antibióticos pode contribuir com a reversão dessa situação. Dentre as diversas opções terapêuticas, a amicacina e os sais de prata possuem propriedades antimicrobianas bem conhecidas contudo ambos perderam eficácia contra algumas bactérias importantes – como Acinetobacter baumannii.

Qual foi a nova opção terapêutica desenvolvida?

Esse estudo brasileiro teve como objetivo desenvolver um nanofármaco com ação contra Acinetobacter baumannii a partir de nanopartículas de prata (AgNPs) funcionalizadas com amicacina.

Como foi desenvolvido o fármaco e a pesquisa de sua ação contra Acinetobacter resistentes?

As nanopartículas de prata foram produzidas pela metodologia bottom-up (por meio da redução química entre nitrato de prata e borohidreto de sódio) e funcionalizadas com amicacina modificada por reação a base de carbodiimida, formando o nanofármaco AgNPs@Amicacina.

Testes de suscetibilidade foram realizados utilizando cepas de Acinetobacter baumannii resistentes à amicacina para avaliar o potencial bacteriostático e bactericida do nanofármaco. As cepas clínicas foram induzidas a formar biofilme e foi realizada a quantificação da biomassa e determinação da atividade metabólica.

Quais foram os principais resultados encontrados nos testes?

As nanopartículas sintetizadas apresentaram um diâmetro hidrodinâmico de 37.84nm com uma distribuição bimodal e boa estabilidade química. A espectroscopia (FT-IR) do nanofármaco exibiu modos vibracionais correspondentes a amicacina, confirmando a conjugação efetiva.

Os testes de susceptibilidade demonstraram grande eficácia do AgNPs@Amicacina contra as cepas resistentes de Acinetobacter baumannii, apresentando concentração bactericida e bacteriostática de 0.5µg/ml. Além disso, o AgNPs@Amicacina reduziu a atividade metabólica do biofilme em taxas ≥50%.

Quais as principais conclusões?

Os autores concluem que os resultados do estudo demonstram um desenvolvimento promissor de um novo nanofármaco – apresentando eficácia em menor concentração, com menor toxicidade e maior eficácia – contra cepas resistentes de Acinetobacter baumannii.

Fonte: Camargo, L. O., Fontoura, I., Veriato, T. S., Raniero, L., & Castilho, M. L. (2023). Antibacterial activity of silver nanoparticles functionalized with amikacin applied against multidrug-resistant acinetobacter baumannii. American journal of infection control, 51(8), 871–878.

Link: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2022.12.009

 

Sinopse por: Maria Julia Ricci

E-mail: maria.ricciferreira@edu.unito.it

Instagram: https://www.instagram.com/sonojuju/

 

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TAGs / palavras chave: nanofármacos, amicacina, acinetobacter baumannii, resistencia

 

 

 

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