As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) representam uma preocupação constante em qualquer instituição de saúde. A prevenção dessas infecções é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes, além de preservar a reputação da instituição. Neste artigo, exploraremos como avaliar os principais riscos de aquisição de IRAS dentro do seu serviço de saúde, com base em diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e recomendações práticas.
1. Compreendendo a Estrutura Física do Serviço
A primeira etapa para avaliar os riscos de IRAS é entender a estrutura física da instituição. Conforme definido na RDC nº 50/2002 da ANVISA, é importante observar o estado do prédio e dos diferentes setores. Inspeccione o tipo de piso utilizado e busque por sinais de deterioração, como ferrugem ou outros problemas estruturais. Essa avaliação inicial pode revelar possíveis fontes de contaminação e fornecer insights sobre áreas que necessitam de atenção.
2. Analisando a Estrutura Funcional do Serviço
Avaliar os fluxos internos é crucial para identificar pontos de cruzamento e compartilhamento de rotas que podem aumentar o risco de disseminação de infecções. Esses fluxos incluem movimentação de materiais, medicamentos, resíduos, alimentos, pacientes e profissionais de saúde. Ao mapear esses processos, é possível identificar áreas onde intervenções de prevenção podem ser aplicadas para minimizar os riscos.
3. Explorando as Unidades da Instituição
Visitar todas as unidades da instituição é fundamental para entender a disposição dos leitos, a existência de leitos de isolamento e a localização onde a medicação é preparada. Essas informações ajudam a identificar potenciais fontes de contaminação e a desenvolver estratégias de isolamento eficazes para pacientes infectados.
4. Avaliando os Serviços de Apoio
Os serviços de apoio desempenham um papel essencial na prevenção de IRAS. Analisar registros de visitas técnicas anteriores a esses serviços, identificando pontos fortes e fracos, bem como compreendendo a complexidade de suas operações, é crucial. Realizar visitas regulares a esses serviços permite uma monitorização constante e a identificação precoce de problemas.
5. Entendendo o Perfil Multiprofissional da Instituição
A interação entre diferentes categorias profissionais de saúde é um fator determinante na prevenção de IRAS. Avaliar como essas equipes interagem e identificar fragilidades nessa colaboração é importante. Observar a taxa de turnover nessas equipes também é relevante, pois altas taxas podem estar associadas a maior incidência de infecções.
6. Analisando o Perfil dos Pacientes Internados
Diferentes grupos de pacientes apresentam riscos e complexidades distintas em relação a IRAS. Compreender esses perfis é fundamental para desenvolver abordagens de prevenção específicas para cada grupo, minimizando a exposição a riscos potenciais.
7. Avaliando os Recursos Disponíveis
Avaliar os recursos e insumos disponíveis na instituição é vital para implementar medidas eficazes de prevenção. Isso inclui a disponibilidade de tecnologias como soluções alcoólicas para higienização das mãos. Identificar quais recursos facilitam ou dificultam a aplicação das práticas de prevenção ajuda a otimizar os processos.
Avaliar os riscos de IRAS dentro de uma instituição de saúde é um passo crucial para garantir a segurança dos pacientes e a qualidade dos serviços prestados. Ao seguir as diretrizes e recomendações apresentadas neste artigo, é possível identificar áreas de atenção e implementar estratégias eficazes de prevenção. A busca contínua pela excelência na prevenção de IRAS não apenas beneficia os pacientes, mas também contribui para a reputação positiva da instituição de saúde. Para mais informações, você pode consultar a fonte original deste artigo disponível em link da fonte.
Adaptado de https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/2020_1_ebook_m1_iras.pdf