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Alzheimer em Foco: Tratamento e Avanços na Pesquisa

A Doença de Alzheimer, uma forma de demência neurodegenerativa associada ao envelhecimento, impõe um impacto substancial na qualidade de vida do paciente e de seus familiares. Diante desse desafio complexo, é essencial contar com uma equipe multiprofissional capacitada e colaborativa. Além disso, o desenvolvimento contínuo das pesquisas nessa área é fundamental para avançar no entendimento da doença e identificar novas estratégias de diagnóstico precoce e tratamento.

Neste vídeo com o professor Gustavo Alves

A Doença de Alzheimer, uma forma de demência neurodegenerativa associada ao envelhecimento, impõe um impacto substancial na qualidade de vida do paciente e de seus familiares. Diante desse desafio complexo, é essencial contar com uma equipe multiprofissional capacitada e colaborativa. Além disso, o desenvolvimento contínuo das pesquisas nessa área é fundamental para avançar no entendimento da doença e identificar novas estratégias de diagnóstico precoce e tratamento.

Nesta live com o Professor Gustavo Alves vamos abordar os aspectos fisiopatológicos e epidemiológicos do Alzheimer, destacando os cuidados essenciais da equipe multiprofissional, as opções de tratamento recomendadas e as novidades nesse campo de pesquisa. A moderação será feita por Amanda Arruda, Beatriz Grion e Tadeu Fernandes.

Principais tópicos:

04:00 doenças neuro degenerativas e a as pesquisas do professor Gustavo Alves.

07:10 Doença de Alzheimer conceito e incidência

16:55 principais causas de demência

19:20 história da doença de Alzheimer

21:44 Doença de Alzheimer: fatores de risco

25:08 Principais medicamentos atuais

44:45 novas perspectivas terapêuticas

1:00:13 diagnóstico na fase pré-clínica

1:02:50 por que o Alzheimer acomente mais mulheres?

1:04:04 relação de ser fumante com Alzheimer

1:07:25 alternativas ao uso de quetiapina

1:10:32 ressonância magnética e outras opções para diagnóstico de Alzheimer

1:12:42 biomarcadores no diagnóstico do Alzheimer

1:16:00 suplementação para o idoso,

1:18:10 SUS e o tratamenro do Alzheimer

1:22:12 papel de fitioterápicos na prevenção do Alzheimer

1:23:00 papel de exames analítocs na detecção do Alzheimer

1:24:50 papel de anti-inflamatórios na fisiopatologia do Alzheimer

 

Doença de Alzheimer: Sinais Prodrômicos, Diagnóstico, Tratamento e Prognóstico

A doença de Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa progressiva e a forma mais comum de demência entre idosos. Caracterizada por uma deterioração cognitiva e funcional contínua, esta doença apresenta desafios significativos tanto no diagnóstico quanto no tratamento.

 

Sinais Prodrômicos

Os sinais prodrômicos da doença de Alzheimer incluem alterações sutis na cognição e no comportamento que precedem o diagnóstico clínico. Estes podem incluir perda de memória para eventos recentes, dificuldade em resolver problemas cotidianos, alterações na linguagem, como dificuldade em nomear objetos, e mudanças no humor e na personalidade. A fase prodrômica, frequentemente referida como Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), pode durar vários anos antes do surgimento de sinais mais evidentes de demência.

 

Diagnóstico

O diagnóstico de Alzheimer é primariamente clínico e se baseia na história médica, avaliações neuropsicológicas e exclusão de outras causas de demência. Exames de imagem, como ressonância magnética (MRI) e tomografia por emissão de pósitrons (PET), são utilizados para identificar padrões típicos de atrofia cerebral e deposição de amiloide, respectivamente. Biomarcadores no líquido cefalorraquidiano também podem ser úteis para reforçar o diagnóstico, particularmente nos estágios iniciais da doença.

 

Tratamento

Atualmente, o tratamento da doença de Alzheimer é principalmente sintomático e visa retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. Os medicamentos aprovados, como inibidores da colinesterase (donepezil, rivastigmina e galantamina) e memantina, são usados para melhorar a função cognitiva ou estabilizar os sintomas em alguns pacientes. Intervenções não farmacológicas, como terapias cognitivo-comportamentais, exercícios físicos e adaptações no ambiente de vida, também são essenciais para gerenciar os sintomas comportamentais e de memória.

 

Prognóstico

O prognóstico da doença de Alzheimer varia, mas geralmente é considerado pobre, uma vez que a doença inevitavelmente progride para incapacidade severa. A expectativa média de vida após o diagnóstico é de cerca de 4 a 8 anos, embora alguns pacientes possam viver até 20 anos dependendo de vários fatores, incluindo a saúde geral, a idade de início dos sintomas e a intensidade do cuidado médico e de suporte.

 

Em conclusão, a doença de Alzheimer representa um campo complexo e em evolução, com contínuas pesquisas focadas em melhor compreender suas causas, desenvolver métodos de diagnóstico mais eficazes e encontrar tratamentos que possam alterar o curso da doença.

 

Avanços Recentes no Tratamento da Doença de Alzheimer

Os avanços recentes no tratamento da doença de Alzheimer têm se concentrado em abordagens terapêuticas inovadoras e na busca por tratamentos que possam modificar a progressão da doença. Embora ainda não exista uma cura, vários desenvolvimentos promissores têm surgido:

 

Terapia com Anticorpos Monoclonais: O aducanumab foi aprovado pela FDA em 2021 como o primeiro tratamento que teoricamente pode retardar a progressão cognitiva e funcional da doença de Alzheimer. O medicamento tem como alvo os agregados de beta-amiloide no cérebro, com o objetivo de reduzir sua formação e promover sua remoção. No entanto, a aprovação foi controversa e acompanhada de debates sobre sua eficácia e segurança.

Inibidores da Tau: Outra abordagem promissora é o desenvolvimento de tratamentos que visam a proteína tau. Acumulações anormais de tau contribuem para a formação dos emaranhados neurofibrilares, que são outra característica patológica da doença de Alzheimer. Diversos compostos estão atualmente em ensaios clínicos para avaliar sua capacidade de inibir a agregação de tau ou facilitar sua remoção.

Terapias Combinadas: Como a doença de Alzheimer é multifatorial, estratégias que combinam diferentes tipos de tratamentos estão sendo exploradas. Por exemplo, combinar terapias que reduzem a amiloide com aquelas que impedem a tauopatia, juntamente com tratamentos que protegem a neurodegeneração e promovem a neuroregeneração, poderia oferecer uma abordagem mais eficaz.

Intervenções no Estilo de Vida: Além dos tratamentos farmacológicos, pesquisas também estão avaliando o impacto de intervenções no estilo de vida, como dieta, exercício e atividade cognitiva, na progressão da doença de Alzheimer. Estudos sugerem que mudanças no estilo de vida podem reduzir o risco ou retardar o início da demência.

Uso de Inteligência Artificial e Tecnologias de Diagnóstico: A melhoria na detecção precoce e na precisão diagnóstica por meio de tecnologias avançadas pode permitir intervenções mais precoces e personalizadas, potencialmente melhorando os resultados do tratamento.

Esses avanços representam uma combinação de esforços de pesquisa biomédica e tecnológica, refletindo uma abordagem mais holística e integrada no manejo da doença de Alzheimer.

 

O Papel da Dieta e do Exercício na Prevenção da Doença de Alzheimer

A relação entre estilo de vida, especialmente dieta e exercício, e a prevenção da doença de Alzheimer tem sido um foco crescente de pesquisa científica. Estudos sugerem que ambos podem ter impactos significativos na redução do risco ou no retardamento do início da doença.

 

Dieta

Dietas como a Mediterrânea e a MIND (Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay) têm sido associadas a uma menor incidência de declínio cognitivo. Estas dietas enfatizam a ingestão de vegetais, frutas, cereais integrais, peixe, e gorduras saudáveis, como o azeite de oliva, enquanto limitam o consumo de carnes vermelhas e alimentos processados. O possível mecanismo por trás desse efeito protetor inclui a redução da inflamação e o estresse oxidativo, além do suporte à saúde vascular, que é crucial para a manutenção da função cerebral.

 

Exercício

A atividade física regular é outro pilar importante na prevenção potencial da doença de Alzheimer. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, são especialmente benéficos. Eles ajudam a manter o fluxo sanguíneo para o cérebro e a reduzir os fatores de risco cardiovascular, que estão associados ao desenvolvimento de demência. Além disso, o exercício pode estimular a neuroplasticidade, o que inclui a criação de novas conexões neurais e o suporte à neurogênese no hipocampo, uma área do cérebro essencial para a formação da memória.

 

Evidências Científicas

Pesquisas têm mostrado que indivíduos que adotam uma combinação de uma dieta saudável e exercício regular têm taxas mais baixas de declínio cognitivo e uma incidência reduzida de doença de Alzheimer. Um estudo longitudinal com adultos mais velhos, por exemplo, observou que aqueles que se engajaram tanto em atividades cognitivamente estimulantes quanto em exercícios físicos regulares demonstraram uma resiliência significativamente maior à degeneração cerebral típica da doença.

 

Em conclusão, enquanto a dieta e o exercício não garantem prevenção total contra a doença de Alzheimer, eles são estratégias promissoras para mitigar o risco e retardar o início dos sintomas. Estes aspectos do estilo de vida são componentes acessíveis e modificáveis que podem desempenhar um papel crucial na saúde cerebral ao longo da vida.

 

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