Pacientes oncológicos estão sujeitos a uma variedade de emergências médicas decorrentes tanto da progressão da doença quanto dos efeitos colaterais do tratamento. Este artigo visa explorar as principais emergências em pacientes oncológicos, os medicamentos utilizados nessas circunstâncias e elucidar o papel crítico do farmacêutico hospitalar na gestão dessas emergências.
Introdução
As emergências oncológicas constituem um espectro de condições potencialmente fatais que requerem diagnóstico rápido e gestão imediata. Estas incluem, mas não se limitam a síndrome da lise tumoral, neutropenia febril, síndrome da veia cava superior, hipercalcemia maligna e complicações hemorrágicas. O manejo eficaz dessas condições é crucial para a sobrevivência e a qualidade de vida dos pacientes.
Principais Emergências e Medicamentos Utilizados
Síndrome da Lise Tumoral (SLT): Ocorre quando células tumorais se desintegram rapidamente, liberando seu conteúdo na corrente sanguínea. O tratamento inclui hidratação vigorosa, alopurinol ou rasburicase para prevenir a nefropatia por ácido úrico e medidas de suporte para correção de distúrbios eletrolíticos.
Neutropenia Febril: Caracterizada por febre em um paciente neutropênico, esta condição é uma emergência oncológica comum. O manejo inicial inclui a administração empírica de antibióticos de amplo espectro, como cefepima, meropenem ou piperacilina/tazobactam, enquanto se aguardam os resultados das culturas.
Síndrome da Veia Cava Superior: Esta síndrome é causada pela compressão da veia cava superior, levando a edema facial e dispneia. O tratamento pode incluir corticosteroides, como dexametasona, para reduzir o edema, além de terapias direcionadas ao tumor subjacente.
Hipercalcemia Maligna: Frequentemente associada ao câncer avançado, é tratada com hidratação vigorosa, bisfosfonatos como pamidronato ou zoledronato, e, em casos severos, calcitonina.
Complicações Hemorrágicas: Pacientes oncológicos podem apresentar risco elevado de sangramento devido à doença ou ao tratamento. O manejo inclui a transfusão de componentes sanguíneos e a administração de agentes hemostáticos, como ácido tranexâmico ou concentrados de fatores de coagulação.
O Papel do Farmacêutico Hospitalar
O farmacêutico hospitalar desempenha um papel fundamental na gestão de emergências oncológicas, que inclui:
Avaliação Farmacoterapêutica: Revisão contínua da terapia medicamentosa para garantir a eficácia e minimizar os efeitos adversos.
Gestão de Medicamentos: Garantir a disponibilidade e o acesso rápido aos medicamentos críticos para o tratamento de emergências.
Educação e Consultoria: Fornecer informação atualizada sobre medicamentos aos profissionais de saúde, orientando sobre dosagem, interações medicamentosas e monitoramento.
Suporte ao Paciente: Aconselhamento sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e gestão de sintomas, melhorando a aderência ao tratamento.
Assista nosso Update-se sobre o tema. Emergências oncológicas representam desafios significativos na prática clínica. O manejo adequado dessas condições envolve uma combinação de intervenções rápidas e terapias medicamentosas específicas. O farmacêutico hospitalar, como parte integrante da equipe de cuidados, desempenha um papel crucial na otimização do tratamento, contribuindo significativamente para a melhoria dos desfechos clínicos em pacientes oncológicos. Descubra como instituir protocolos medicamentosos diante de emergências oncológicas em nossa live imperdível com o Prof. Jonas Fernandes Vieira Filho! Você aprenderá como o papel do farmacêutico clínico é essencial no monitoramento, prevenção e tratamento dessas situações críticas. A moderação será feita por Anna Clara Arruda.