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CCIH CURSOS: HÁ 21 ANOS DISSEMINANDO SABEDORIA

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Como a resistência aos antimicrobianos é disseminada entre as bactérias?

Antibióticos matam microrganismos, como bactérias e fungos, mas os sobreviventes resistentes permanecem. Traços de resistência podem ser herdados de geração em geração, mas um microrganismo também pode passar diretamente para outro por meio de elementos genéticos móveis.

A resistência aos antibióticos é uma das maiores preocupações em saúde pública atualmente. O uso indiscriminado desse tipo de medicamento tem levado ao desenvolvimento de microrganismos resistentes, tornando o tratamento de infecções cada vez mais desafiador. Uma das formas pelas quais a resistência antibiótica é disseminada é por meio de elementos genéticos móveis, como plasmídios, transposons e fagos. Esses elementos têm a capacidade de transferir genes de resistência entre diferentes microrganismos, aumentando a propagação da resistência e agravando o problema.

 

Elementos Genéticos Móveis: Plasmídios, Transposons e Fagos

 

  1. Plasmídios: São estruturas de DNA circular presentes nas células bacterianas. Uma de suas principais características é a capacidade de se mover entre células bacterianas, carregando consigo genes de resistência. Quando uma bactéria contendo um plasmídio de resistência entra em contato com outra bactéria, pode transferir esse plasmídio, resultando na disseminação da resistência.
  2. Transposons: São pequenos segmentos de DNA que podem se mover dentro do genoma de uma célula. Eles têm a capacidade de alterar o DNA de uma célula, incluindo genes de resistência. Os transposons podem mover-se entre cromossomos bacterianos e plasmídios, permitindo que os genes de resistência se espalhem rapidamente.
  3. Fagos: Os fagos são vírus que infectam bactérias. Eles podem incorporar material genético bacteriano durante o processo de replicação. Quando um fago infecta uma bactéria que contém genes de resistência, esses genes podem ser transferidos para outras bactérias que o fago infecta subsequentemente.

 

Mecanismos de Transferência de Resistência Antibiótica

  1. Transdução: Nesse mecanismo, os fagos atuam como “mensageiros” de genes de resistência. Quando um fago infecta uma bactéria portadora de genes de resistência, ele pode adquirir esses genes. Ao infectar outras bactérias, o fago transfere os genes de resistência, permitindo que a resistência se espalhe entre diferentes microrganismos.
  2. Conjugação: A conjugação envolve o contato direto entre duas bactérias. Uma bactéria doadora, que possui genes de resistência em um plasmídio, se conecta a uma bactéria receptora e transfere esse plasmídio. Isso permite a rápida disseminação de genes de resistência pela população bacteriana.
  3. Transformação: Nesse processo, os genes de resistência são liberados no ambiente por microrganismos vivos ou mortos. Outras bactérias podem “capturar” esses genes e incorporá-los ao seu próprio genoma. Isso ocorre em ambientes onde há uma grande quantidade de material genético liberado, como em locais onde há muitos microrganismos.

 

A resistência aos antibióticos é um desafio global e complexo que exige uma abordagem multidisciplinar. A disseminação de genes de resistência por meio de elementos genéticos móveis torna essa ameaça ainda mais grave. A compreensão dos mecanismos de transferência de resistência antibiótica é fundamental para desenvolver estratégias de controle e prevenção eficazes. Reduzir o uso inadequado de antibióticos, promover a higiene adequada e investir em novas abordagens terapêuticas são passos cruciais para combater a disseminação da resistência antibiótica e preservar a eficácia dos antibióticos para as gerações futuras.

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