Fatores de risco para bacteremia por Acinetobacter baumanni em UTI neonatal de Taiwan
Os autores realizaram um estudo caso controle revisando todos os pacientes com bacteremia por Acinetobacter baumanni na UTI neonatal de um hospital de Taiwan entre 2004 a 2010 com o objetivo de se identificar fatores de risco específicos e o impacto deste problema. Este agente foi isolado em 4,7% dos episódios de bacteremia, representando 14,0% dos bacilos Gram negativos isolados.
Foram avaliados 37 casos, 74 controles com bacteremia com E.coli ou Klebsiella e 137 controle não infectados, pareados por idade gestacional, peso ao nascer e sexo. Na análise por regressão logística bivariada os seguintes parâmetros estavam significativamente alterados nos pacientes infectados: cateter venoso central odds ratio 11,22 (1,43-88,21); nutrição parenteral prolongada 9,27 (1,17-73,40); internação prolongada 6,4 (2,13-17.90); ventilação mecânica 3,11 (1,14-8,44) e intubação prolongada 2,59 (1,12-5,97).
Na comparação entre infectados com o Acinetobacter baumanni e com E.coli ou Klebsiella os resultados pelo mesmo método foram: nutrição parenteral prolongada 7,29 (1,66-31,95); cateter venoso central 4,35 (1,23-10,43); parto cesariana 2,56 (1,09-6,03); muito baixo peso 2,27 (1,08-4,78) e internação prolongada 2,25 (1,04-4,88).
Não foram pesquisadas fontes ambientais e foi suposto o papel dos procedimentos invasivos neste infecção. Foram implantadas as seguintes medidas de controle: higiene das mãos e remoção dos dispositivos desnecessários. Os autores ressaltaram como fatores limitantes: estudo retrospectivo, pequeno tamanho da amostra, dificuldades na seleção de grupos controle, ausência de estudos de biologia molecular.
Fonte: American Journal of Infection Control 42 (2014): 23-27.
Resenha realizada por Antonio Tadeu Fernandes para CCIH revista.
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