Indicador Biológico e Químico: este é o tema da aula desta aula da professora Kazuko Graziano, que vai nos atualizar sobre o estado da arte da indicação, utilização e interpretação dos integradores químicos e biológicos para os processos de esterilização. Como comprovar a eficiência de um processo de esterilização? Esses integradores bastam ou necessitamos de recursos adicionais? Quais as novidades e quando devemos empregar? Têm bom custo/benefício? Estas e outras questões que os espectadores sugerirem iremos debater com a professora Kazuko. A moderação será feita por Camila Quartim, Eliane Molina e Filipe Prohaska.
Principais tópicos:
08:50 Indicador biológico o que é?
10:00 Indicadores biológicos de primeira geração
11:10 Indicadores viológicos de segunda geração
12:43 Indicadores biológicos de terceira geração
14:30 recomendações de uso dos indicadores biológicos
17:40 testes rápidos
19:00 fabricação de indicadores biológicos
20:00 normas para indicadores biológicos
22:00 falhas nos indicadores biológicos
25:10 registro dos indicadores biológicos
26:15 documentação do lote
27:20 metodologia ideal
30:00 indicações de uso dos indicadores biológicos
40:05 interpretações dos indicadores biológicos
43:00 legislação brasileira sobre indiocadores bilógicos
53:40 significado dos indicadores como garantia da esterilização
1:00:37 Indicadores físicos e importância da fita impressa
1:04:39 leitura incorreta de indicadores biológicos
1:11:00 alternativas aos indicadores biológicos
1:12:50 liberação paramétrica das cargas
1:17:00 estudo de casos
1:25:00 realialidade brasileira referente aos indicadores bológicos
Indicadores biológicos x liberação paramétrica
Indicadores biológicos são ferramentas fundamentais utilizadas para monitorar a eficácia dos processos de esterilização, garantindo que os instrumentos e materiais estejam livres de microrganismos viáveis. Eles contêm esporos bacterianos altamente resistentes que são utilizados para desafiar o processo de esterilização. Aqui estão os principais pontos sobre indicadores biológicos:
Gerações de Indicadores Biológicos
Primeira Geração:
Indicadores Esporulados: Contêm esporos de bactérias, como Geobacillus stearothermophilus para esterilização a vapor e Bacillus atrophaeus para esterilização a gás óxido de etileno.
Método de Leitura: Os indicadores são incubados após a esterilização e avaliados após um período (geralmente 7 dias) para verificar o crescimento de microrganismos.
Segunda Geração:
Indicadores com Leitura Rápida: Utilizam métodos que permitem a detecção rápida de crescimento bacteriano, muitas vezes usando métodos colorimétricos ou fluorescentes.
Método de Leitura: Resultados podem ser obtidos em horas ao invés de dias, agilizando o processo de liberação do material esterilizado.
Terceira Geração:
Indicadores Eletrônicos: Incorporam sensores que podem detectar mudanças físicas ou químicas durante o processo de esterilização.
Método de Leitura: Fornecem resultados praticamente em tempo real, aumentando a eficiência do monitoramento do processo de esterilização.
Interpretação dos Resultados
Resultados Positivos (Falha na Esterilização): Indicam crescimento bacteriano, sugerindo que o processo de esterilização não foi eficaz. Isso pode ocorrer devido a:
- Problemas no equipamento de esterilização.
- Carga excessiva de material.
- Má distribuição do agente esterilizante.
- Erros nos parâmetros de tempo, temperatura ou pressão.
Resultados Negativos (Esterilização Eficaz): Não indicam crescimento bacteriano, sugerindo que o processo de esterilização foi eficaz e que os materiais estão livres de microrganismos viáveis.
Possíveis Falhas na Determinação da Segurança da Esterilização
Fatores Humanos: Erros no manuseio dos indicadores ou interpretação inadequada dos resultados.
Fatores Técnicos: Mau funcionamento do equipamento de incubação ou leitura dos indicadores.
Limitações dos Indicadores: Os indicadores biológicos só desafiam o processo com uma cepa específica de microrganismo e podem não representar a resistência de todos os possíveis contaminantes e além disso podem já negativarem antes da fase de esterilização.
Papel da Liberação Paramétrica
Liberação Paramétrica: Baseia-se na monitorização e controle dos parâmetros críticos do processo de esterilização (tempo, temperatura, pressão, concentração do agente esterilizante) ao invés do uso de indicadores biológicos para liberar a carga.
Vantagens:
Eficiência: Permite a liberação imediata da carga esterilizada sem esperar pelos resultados dos indicadores biológicos.
Confiabilidade: Depende de sistemas rigorosos de monitoramento e controle do processo de esterilização.
Implementação: Requer validação inicial rigorosa e monitoramento contínuo dos parâmetros críticos para garantir que cada ciclo de esterilização atenda aos padrões estabelecidos.
Considerações Finais
Os indicadores biológicos são ferramentas essenciais para verificar a eficácia da esterilização, mas a liberação paramétrica oferece uma alternativa eficiente e confiável, especialmente em ambientes onde o tempo é crítico. A escolha entre esses métodos deve considerar o tipo de material a ser esterilizado, a resistência dos microrganismos envolvidos e os recursos disponíveis para monitoramento e controle do processo de esterilização.
Elaborado por: Antonio Tadeu Fernandes