Novas tecnologias de vacinas Covid sendo desenvolvidas e iniciando testes em humanos, associação de medicamentos sendo avaliada, estudos sobre síndromes pós Covid, riscos da automedicação. Estes são alguns tópicos apresentados neste boletim, ao lado da programação da TV CCIH. Boa leitura
Programação da TV CCIH semana de 12 a 17 de abril
Esta é a programação da TV CCIH para a semana de 12 a 17 de abril. As atividades de segunda a quinta são abertas a todos interessados. Prestigie, divulgue e se inscreva em nosso canal. TV: onde ciência e saúde comandam o espetáculo da via.
Dia 12/04. 20 horas. Encontro com professores. Polêmicas na esterilização de termossensíveis
- Esterilizar produtos para saúde que não resistem a autoclavação sempre gera polêmicas. Neste encontro com a professora Kazuko Graziano, vamos debater as vantagens e desvantagens de cada opção, para fundamentar suas decisões.
- https://youtu.be/ftGapNczGfo
Dia 13/04. 20 horas. SuperAção. Virologia médica
- Com a pandemia de Covid, estamos sentindo o impacto dos vírus na saúde coletiva. Vamos nos atualizar em virologia médica com a microbiologista. Lorena Cristhine. Moderação: Laura Czekster e Filipe Prohaska
- https://youtu.be/IL59dgF32cA
Dia 14/04. 20 horas. Encontro com professores. Assistência domiciliar e pacientes crônicos
- A desospitalização, aliada ao envelhecimento populacional e a sobrevida de doentes crônicos, pressionam para a assistência domiciliar e o desafio da prevenção de infecção em pacientes debilitados. Neste encontro com a professora Julia Kawagoe, discutimos como vencer estes desafios.
- https://youtu.be/Wdr_vNwbH-A
Dia 15/04. 20 horas. SuperAção. Metas da segurança do paciente
- Todos necessitam que a assistência à saúde sofra o menor impacto possível durante esta pandemia, principalmente no Brasil, que lidera óbitos relacionados ao covid, ao lado do risco de falência dos recursos. Como ficam neste cenário as metas de segurança do paciente? Conversamos com a enfermeira Tatiana Mangini. Moderação: Beatriz Grion e Filipe Prohaska.
- https://youtu.be/weYa85y-1ow
Dia 17/04. Das 9 às 12 horas. Plantão MBA. Antonio Tadeu e Adenilde Andrade.
- Em atividade exclusiva aos alunos dos nossos cursos, os professores Adenilde Andrade Antonio Tadeu, estarão de plantão com vocês para debater suas dúvidas em CCIH.
ANVISA apresenta a governadores ações para viabilizar importação da Sputnik
Anvisa afirmou que vai buscar de forma proativa informações que busquem superar aspectos técnicos do pedido de importação da Sputnik feito pelos estados, conforme previsto na Lei 14.124/2021.
A afirmação foi feita nesta terça-feira (6/4) a 14 governadores de estado durante reunião com a Agência, quando foi feita uma apresentação técnica do cenário nacional e internacional da vacina. A medida de buscar as informações sobre a vacina Sputnik é para permitir a avaliação do pedido de importação feito pelos estados com a garantia de qualidade necessária para a vacina.
As ações da Anvisa incluem a busca de informações junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMEA). Essas informações poderão complementar ou mesmo substituir as informações solicitadas pela Lei 14.124/2021.
A diretoria ainda ressaltou que o processo de importação excepcional é mais simples do que a avaliação para o uso emergencial ou para o registro de uma vacina.
Anvisa solicita alteração de bula da vacina de Oxford
Anvisa solicitou nesta quarta-feira (7/4) a inclusão de possíveis ocorrências tromboembólicas com trombocitopenia no item “Advertência e Precauções” da bula da vacina de Oxford/Astrazeneca/Fiocruz. Tratam-se de casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos associados à trombocitopenia – diminuição do número de plaquetas (fragmentos de células que ajudam a coagular o sangue) – e, em alguns casos, sangramentos que podem estar associados ao uso da vacina. Os casos foram relatados em alguns países.
As informações foram divulgadas em um comunicado emitido pela Agência nesta quarta-feira (7/4). No documento, a Anvisa mantém a recomendação de continuidade da vacinação com o imunizante, uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos do uso da vacina de Oxford/Astrazeneca/Fiocruz.
Autorizado novo ensaio clínico de vacina contra Covid-19
Anvisa aprovou, nesta quinta-feira (08/04), um novo ensaio clínico de vacina contra Covid-19. A vacina candidata usa tecnologia de partícula semelhante ao coronavírus (CoVLP). É composta da proteína S expressa em forma de partículas parecidas com vírus (VLPs), coadministradas com um adjuvante, em duas doses com intervalo de 21 dias entre as doses.
O desenvolvimento clínico está sendo patrocinado pela empresa biofarmacêutica Medicago R&D Inc, sediada no Canadá, e pela empresa farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK), sediada em Londres, Reino Unido, que é responsável pelo desenvolvimento do adjuvante da vacina.
O ensaio clínico aprovado é de fase 2/3, randomizado, cego para observador, controlado por placebo, para avaliar a segurança, eficácia e imunogenicidade da vacina em adultos com 18 anos de idade ou mais. O ensaio clínico é composto por três estágios e o Brasil participará do estágio 3, que corresponde à fase 2/3 do estudo.
Na fase 3 do estudo planeja-se incluir até 30 mil voluntários distribuídos entre o Canadá, Estados Unidos, além da América Latina, Reino Unido e Europa. No Brasil, planeja-se incluir 3.500 voluntários na porção 3 do estudo de Fase 2/3. A fase 1 e 2 do estudo está em andamento no Canadá e Estados Unidos.
Anvisa esclarece: prevenção de acidentes na pandemia
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, trata no novo vídeo da série “Anvisa esclarece” sobre a necessidade da prevenção de acidentes durante a pandemia de Covid-19. Isso porque uma hospitalização ou uma cirurgia requer a utilização de insumos médicos em um momento de escassez desses recursos, devido à alta demanda em todo o país.
Anvisa alerta para riscos do uso indiscriminado de medicamentos
Anvisa divulgou nesta segunda-feira (5/4) o Comunicado 3/2021, que trata dos riscos à saúde da população causados pelo uso indiscriminado de medicamentos, sem orientação profissional, e também do processo de notificação de eventos adversos.
A automedicação, principalmente neste momento de pandemia, tem preocupado ainda mais as autoridades sanitárias em todo o mundo. É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos reais dessa prática, que pode causar reações graves, inclusive óbitos.
Todo medicamento apresenta riscos relacionados ao seu consumo, que deve ser baseado na relação benefício-risco. Ou seja, os benefícios para o paciente devem superar os riscos associados ao uso do produto. Essa avaliação é realizada a partir de critérios técnico-científicos, de acordo com o paciente e o conhecimento da doença.
Para se ter uma ideia da dimensão e da gravidade do problema, a Organização Mundial da Saúde, a OMS, calcula que mais de 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma inadequada. Além disso, metade de todos os pacientes não faz uso dos medicamentos corretamente.
Anvisa recebe pedido de uso emergencial de medicamento contra a Covid-19
A Anvisa recebeu, na quinta-feira (1/4) às 21h03, o pedido de uso emergencial de um medicamento contra a Covid-19 (combinação dos medicamentos biológicos (casirivimabe + imdevimabe) da empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticas S.A. A Agência iniciará a triagem dos documentos presentes no pedido.
As primeiras 72 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis. No dia de ontem foram entregues 3.626 páginas de dados e informações sobre o medicamento objeto da solicitação da AUE. Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar ao laboratório.
A Anvisa avaliará a solicitação da autorização para o uso emergencial e temporário de medicamento contra a Covid-19, no prazo de até 30 (trinta) dias, a análise não considera o tempo do processo em status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela Agência dentro do processo.
Pesquisa de instituições brasileiras feita no Amazonas com apoio da OPAS aponta efetividade da vacina CoronaVac contra nova variante da COVID-19
Um estudo feito no estado do Amazonas pelo grupo VEBRA COVID-19 (Vaccine Effectiveness in Brazil Against COVID-19) mostrou que a vacina CoronaVac tem efetividade de 50% na prevenção de adoecimento por COVID-19 após 14 dias da primeira dose. A pesquisa, que foi apoiada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), envolveu 67.718 trabalhadores de saúde residentes no município de Manaus.
O estudo foi o primeiro a avaliar a efetividade da Coronavac em locais onde há predomínio da variante P.1. Essa variante do coronavírus SARS-CoV-2 (causador da COVID-19), também conhecida pelo nome B.1.1.28.1, foi identificada pela primeira vez no Amazonas e, até o dia 24 de março, foi notificada por outros 14 países da região das Américas: Argentina, Aruba, Canadá, Chile, Colômbia, Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, México, Peru, São Martinho, Estados Unidos da América, Uruguai e Venezuela.
O trabalho do grupo VEBRA envolve pesquisadores e servidores das Secretarias de Saúde dos Estados do Amazonas e de São Paulo e das Secretarias Municipais de Saúde de Manaus e de São Paulo, com colaboração da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas – além da OPAS.
No Dia Mundial da Saúde, diretora da OPAS pede a recuperação equitativa da pandemia nas Américas
No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quarta-feira (7), a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, declarou que a COVID-19 expôs as desigualdades que são barreiras para a saúde de muitas pessoas nas Américas e chamou líderes a fazerem da equidade a “força que orienta a recuperação da pandemia”.
Estima-se que a pandemia tenha empurrado entre 119 e 124 milhões de pessoas a mais em todo o mundo para a extrema pobreza no ano passado. Calcula-se também que 14 anos de ganhos na luta contra a pobreza foram perdidos devido à pandemia. E ainda há evidências convincentes de que a pandemia ampliou as disparidades de gênero no emprego, com as mulheres saindo da força de trabalho em maior número do que os homens nos últimos 12 meses.
Segundo a diretora, “As ações para controlar e tratar a COVID-19 durante a pandemia, bem como durante a recuperação econômica, devem ser centradas na redução das desigualdades. Devemos agir com decisão agora para garantir o direito de todos os membros da população ao mais alto padrão de saúde possível”.
Brasil, OPAS e OMS colaboram para expandir capacidade de produção de vacinas do país
O Ministério da Saúde do Brasil, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) discutiram neste sábado (3) uma colaboração técnica para ampliar a capacidade de produção nacional de vacinas do país. A decisão foi tomada após encontro virtual do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a representante da OPAS e da OMS no Brasil, Socorro Gross.
Durante a reunião, foi analisada a possibilidade de adaptar parques industriais brasileiros que desenvolvem imunizantes para animais, de modo a que possam também produzir vacinas contra a COVID-19 em humanos. Essa expansão da capacidade brasileira poderá beneficiar não apenas a população local, mas também a de outros países.
“A nossa prioridade é ampliar a vacinação. O problema de carência de vacinas não é só do Brasil. É um problema mundial. Até países desenvolvidos encontram dificuldades com o aporte de doses”, afirmou Marcelo Queiroga, acrescentando que dois grandes laboratórios brasileiros, da Fiocruz e do Instituto Butantã, têm capacidade de produção de vacinas contra a COVID-19.
CDC – Condições pós-COVID: informações para profissionais de saúde
Alguns pacientes que foram infectados com SARS-COV-2 apresentam sintomas e achados clínicos que persistem por mais de quatro semanas ou podem recorrer após a recuperação inicial. Sintomas e achados clínicos persistentes podem ocorrer independentemente da gravidade da COVID-19 aguda. Comunidades médicas e de pesquisa ainda estão aprendendo sobre esses sintomas pós-agudos e achados clínicos.
As condições pós-COVID estão sendo referidas por uma ampla gama de nomes, incluindo COVID-19 pós-agudo, efeitos de longo prazo de COVID, COVID longo, síndrome COVID pós-aguda, COVID crônica, COVID de longa distância, sequelas tardias, e outros, bem como o termo sequelas pós-agudas de infecção por SARS-COV-2 (PASC). Embora as definições de caso padronizadas ainda estejam sendo desenvolvidas, no sentido mais amplo, pode ser considerada uma falta de retorno a um estado normal de saúde após doença aguda por COVID-19. Também pode incluir o desenvolvimento de sintomas novos ou recorrentes que ocorrem após a resolução dos sintomas da doença aguda.
O conhecimento científico ainda é limitado sobre esses efeitos, incluindo suas causas e com que frequência ocorrem. A terminologia provisória será atualizada à medida que mais informações forem disponibilizadas.
Usamos condições pós-COVID como um termo abrangente para a ampla gama de consequências para a saúde que estão presentes mais de quatro semanas após a infecção com SARS-CoV-2, o vírus que causa a doença COVID-19. O período de mais de quatro semanas fornece uma estimativa aproximada dos efeitos que ocorrem além do período agudo, mas o período de tempo pode mudar à medida que aprendemos mais.
Pode ser difícil distinguir os sintomas causados por condições pós-COVID dos sintomas que ocorrem por outros motivos. Os pacientes que experimentam os efeitos agudos e pós-agudos de COVID-19, juntamente com o isolamento social resultante de medidas de mitigação da pandemia, frequentemente sofrem de sintomas de depressão, ansiedade ou alterações de humor. Motivos alternativos para problemas de saúde, como outros diagnósticos, desmascaramento de condições de saúde pré-existentes ou mesmo reinfecção. Para os médicos que estão considerando se os novos sintomas podem ser explicados pela reinfecção, consulte as orientações do CDC sobre a investigação de suspeita de reinfecção.
Também é possível que alguns pacientes com condições pós-COVID não tenham tido testes positivos para SARS-CoV-2 devido à falta de testes ou testes imprecisos durante o período agudo, ou devido à diminuição dos níveis de anticorpos ou teste de anticorpos falso-negativos durante o acompanhamento.
Confira a matéria na íntegra em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/clinical-care/post-covid-conditions.html?CDC_AA_refVal=https%3A%2F%2Fwww.cdc.gov%2Fcoronavirus%2F2019-ncov%2Fhcp%2Fclinical-care%2Flate-sequelae.html
OMS – Declaração provisória do subcomitê COVID-19 do Comitê Consultivo Global da OMS sobre Segurança de Vacinas na vacina AstraZeneca COVID-19
O subcomitê COVID-19 do Comitê Consultivo Global da OMS sobre Segurança de Vacinas (GACVS) revisou relatórios de casos raros de coágulos sanguíneos com plaquetas baixas após a vacinação com a vacina AstraZeneca COVID-19 (incluindo Covishield) desde seu início há algumas semanas.
Em sua reunião mais recente em 7 de abril de 2021, o subcomitê analisou as informações mais recentes da Agência Europeia de Medicamentos, juntamente com informações da Agência Reguladora de Medicamentos e Outros Produtos de Saúde do Reino Unido (MHRA) e de outros Estados Membros e observou o seguinte:
- Com base nas informações atuais, uma relação causal entre a vacina e a ocorrência de coágulos sanguíneos com baixo teor de plaquetas é considerada plausível, mas não foi confirmada. São necessários estudos especializados para compreender totalmente a relação potencial entre a vacinação e os possíveis fatores de risco.
- O subcomitê GACVS continuará a coletar e revisar dados adicionais, como tem feito desde o início do programa de vacinas COVID.
- É importante notar que, embora preocupantes, os eventos sob avaliação são muito raros, com baixos números relatados entre os quase 200 milhões de indivíduos que receberam a vacina AstraZeneca COVID-19 em todo o mundo.
- Os eventos adversos raros após as imunizações devem ser avaliados em relação ao risco de mortes por doença COVID-19 e o potencial das vacinas para prevenir infecções e reduzir mortes devido a doenças. Nesse contexto, deve-se destacar que até hoje, pelo menos 2,86 milhões de pessoas morreram com a doença COVID-19 em todo o mundo.
Os efeitos colaterais dois ou três dias após a vacinação, a maioria dos quais são leves e de natureza local, são esperados e comuns. No entanto, os indivíduos que apresentam quaisquer sintomas graves – como falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos, como dores de cabeça fortes e persistentes ou visão turva, pequenas manchas de sangue sob a pele além do local da injeção – cerca de quatro a 20 dias após a vacinação, deve procurar atendimento médico urgente. Os médicos devem estar cientes das definições de caso relevantes e da orientação clínica para pacientes que apresentam trombose e trombocitopenia após a vacinação com COVID-19. Para este fim, o subcomitê GACVS também sugeriu que um comitê de especialistas clínicos, incluindo hematologistas e outros especialistas, seja convocado para aconselhamento sobre diagnóstico clínico e gerenciamento de casos.
A vigilância ativa, incluindo investigações baseadas em casos de hospitais / centros sentinela deve ser considerada, para caracterizar melhor esses eventos raros. A OMS desenvolveu protocolos-modelo que os países podem adaptar para tais estudos.
Elaborado por Laura Czekster Anthochevis
Contatos: laura_czeats@hotmail.com ou http://linkedin.com/in/laura-czekster-antochevis-457603104