É fundamental estar atualizado cientificamente durante a pandemia. Aqui temos uma síntese de informações sobre vacinas, variantes do coronavírus e testes diagnósticos. A TV CCIH volta na próxima semana com sua programação ao vivo, debatendo assuntos da pandemia, CCIH e CME. Nosso aplicativo para celular pode ser baixado por todos para sua atualização. Não é exclusivo para alunos do curso. Boa leitura.
Programação da TV CCIH: 25 a 29/01
Estamos retomando a nossa programação da TV CCIH com atividades de segunda a sexta feira, sempre iniciando as 20 horas.
- 25/01: Interfaces do CME com a CCIH
- A prevenção e o controle de infecções estimularam o desenvolvimento das CCIHs e dos CMEs no Brasil. Neste encontro com os professores Tadeu, Kazuko e Eliane Molina vamos discutir a sinergia e interfaces destes setores pela segurança do paciente.
- https://youtu.be/PlycdawBi5w
- 26/01: Stewardship de antibióticos – princípios e práticas
- Vamos conversar com nossa professora Laura Czekster sobre seu TCC, onde ela fez uma revisão bibliográfica sobre a implantação, atuação, indicadores e resultados de um programa de stewardship de antibióticos. Ela também falará sobre sua experiência sendo farmacêutica da CCIH de um hospital de Porto Alegre, que implanta este programa. Também teremos a estreia do infectologista Filipe Prohaska na moderação do SuperAção
- https://youtu.be/l_R6t2tH_uU
- 27/01: Prevenção e controle de infecções em UTI Neonatal
- Recebemos a professora Camila Preve para discutir medidas de diagnóstico, prevenção e controle de infecções na UTI neonatal
- https://youtu.be/QtK2yu6jPos
- 28/01: Candida auris – diagnóstico, prevenção, controle e tratamento
- Recebemos o infectologista Filipe Prohaska para conversarmos e nos atualizarmos sobre o mais novo desafio dos controladores de infecção e profissionais de saúde: Candida auris. O que sabemos sobre seu diagnóstico, prevenção, controle e tratamento? Que recursos dispomos para este novo desafio? tem alguma relação com o Covid? Veremos o que a ciência nos dis a respeito destas e outras questões.
- https://youtu.be/2xHuUfHdNnU
- 29/01: Como faço o controle de infecção
- Vamos rever o excelente encontro com os professores Antonio Tadeu e Fernando Galvanese onde eles explicaram como montar uma CCIH e por onde iniciar seu trabalho para já ter bons resultados no seu início.
- https://youtu.be/nqsx6p6SveQ
Baixe nosso aplicativo para celular e tablets
Para facilitar sua navegação pelo conteúdo de nosso site e do curso, lançamos um aplicativo, no qual você recebe em primeira mão todas as novidades que publicamos. Não é restrito aos alunos do curso.
Fonte: https://www.ccih.med.br/aplicativo-da-ccih-para-celular-e-tablet/
ANVISA: reunião sobre vacina Sputnik V
Anvisa realizou nesta quinta-feira (21/1) reunião com o laboratório União Química, responsável pela vacina Sputnik no Brasil. O objetivo foi acompanhar e trocar informações com o laboratório sobre o desenvolvimento da vacina.
Esse tipo de encontro faz parte da estratégia que a Anvisa tem adotado com todas as empresas que pretendem ter vacinas autorizadas no Brasil. Assim, em 18 de janeiro de 2021, a Diretoria da Anvisa convidou a empresa para a reunião.
Durante a reunião, os representantes da União Química apresentaram informações e afirmaram que estão interessados em cumprir todas as etapas regulatórias exigidas pela Anvisa para avançar com os estudos clínicos no Brasil e a autorização de uso emergencial.
Fonte: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2021/nota-reuniao-sobre-vacina-sputnik-v
Divulgado boletim sobre transmissão hospitalar da Covid-19
Anvisa publicou nesta sexta-feira (15/1) um boletim informativo com a análise dos dados das notificações de infecções pelo novo coronavírus transmitidas dentro dos hospitais do país. As notificações foram realizadas pelas Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIHs), de acordo com a Nota Técnica 7/2020.
Para evitar e conter a disseminação do vírus durante a assistência à saúde, é fundamental que os gestores desses serviços forneçam as condições para a implementação das medidas de prevenção e controle da infecção. Nesse sentido, é preciso aprimorar a gestão do estoque de produtos para saúde e promover ações de sensibilização e capacitação dos profissionais, visando a segurança dos pacientes e da comunidade hospitalar.
Anvisa autoriza pedido de oxigênio medicinal
Na última sexta-feira (14/01) a ANVISA autorizou o pedido da empresa White Martins Gases Industriais do Norte Ltda. para produzir e distribuir oxigênio medicinal a 95% de teor (em vez de 99%) nas unidades da Rede Estadual de Saúde do Amazonas.
Conforme solicitado, a medida valerá pelo prazo de 180 dias.
Nesse caso, a Agência colocou duas condições:
- Providenciar para que os profissionais e serviços de saúde sejam informados sobre a correta pureza do produto de cada cilindro (95% e não 99%). De acordo com a empresa responsável pela produção de oxigênio medicinal, a flexibilização do nível de pureza vai permitir o aumento da capacidade de fabricação.
- Cessar a prática assim que a situação for normalizada.
De acordo com a empresa, a flexibilização do nível de pureza vai permitir ao aumento da capacidade de produção da empresa. Nas informações enviadas à Anvisa, a empresa estimou um aumento na produção de 200 cilindros de oxigênio por dia com a autorização.
OPAS apoia estado do Amazonas com orientações sobre uso de concentradores de ar na assistência a casos de COVID-19
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apresentou nesta terça-feira (19), em apoio ao governo estadual do Amazonas, as possibilidades de uso de concentradores de oxigênio para tratamento de pacientes com COVID-19 em hospitais e enfermarias na capital, Manaus, e em unidades do interior do estado.
Esses equipamentos operam extraindo ar do ambiente para fornecer oxigênio contínuo, limpo e concentrado para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e, em concentrações mais elevadas, para hipoxemia crônica grave e edema pulmonar. O uso dos concentradores de oxigênio é uma estratégia custo-efetiva, especialmente quando cilindros de oxigênio e sistemas de oxigênio encanado estejam indisponíveis no momento.
A consultora da OPAS Ho Yeh Li tratou do tema durante reunião do Comitê de Resposta Rápida do Amazonas para enfrentamento da doença causada pelo coronavírus 2019. “Conhecendo a situação logística do estado do Amazonas, em que, dependendo da época sazonal, há dificuldade de transporte fluvial ou transporte aéreo, é um equipamento que com certeza será de grande utilidade. E o melhor de tudo, [será possível] transportar só uma vez, não precisa transportar de novo. Esse equipamento, na situação em que o Amazonas está, poderá salvar muitas vidas”, avaliou.
Com fracasso das Américas no controle do novo coronavírus, hospitais chegam ou estão perto de chegar ao limite de sua capacidade
A Região das Américas deve intensificar as ações de saúde pública como o distanciamento social, restrição de reuniões, uso de máscaras e lavagem das mãos para limitar a exposição da população durante a pandemia COVID-19, afirmou nesta terça-feira (19) Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Etienne destacou que, desde o início desta pandemia, mais de 39 milhões de pessoas nas Américas foram infectadas pelo coronavírus e mais de 925 mil delas morreram em razão da COVID-19. “Na última semana, vimos mais de 2,5 milhões novos casos de COVID-19 na região das Américas – mais da metade de todas as infecções globais. No mesmo período, 42 mil pessoas perderam a vida devido à pandemia na região.”
Diretora da OPAS afirma que novas variantes e aceleração do vírus tornam urgentes medidas contínuas de saúde pública
O aparecimento de novas variantes do vírus causador da COVID-19 em vários países das Américas, combinado com uma aceleração da propagação do vírus em praticamente todos os países da região, torna urgente continuar com as medidas de saúde pública como distanciamento social, uso de máscaras e lavagem frequente das mãos”, afirmou nesta quarta-feira (13) a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne.
A rede de vigilância genômica da OPAS, que tem 21 laboratórios, rastreou continuamente a propagação do vírus e suas mutações, observou a diretora da OPAS, e a variante que foi detectada pela primeira vez circulando no Reino Unido agora foi notificada em oito países: Brasil, Canadá, Chile, Equador, Estados Unidos, Jamaica, México e Peru. Além disso, o Brasil e o Canadá informaram ter encontrado a variante relatada pela primeira vez na África do Sul.
“No momento, não há evidências que sugiram que essas variantes afetem os pacientes de forma diferente, mas os primeiros dados indicam que o vírus pode se espalhar mais facilmente, acelerando a ameaça aos nossos sistemas de saúde em um momento em que eles já estão perto do limite de sua capacidade”, comentou Etienne.
CDC: avaliação do teste rápido de antígeno Abbott BinaxNOW para infecção por SARS-CoV-2 nos EUA – 3 a 17 de novembro de 2020
O teste rápido de antígeno BinaxNOW recebeu autorização de uso emergencial pela Food and Drug Administration (FDA) para testar amostras de pessoas sintomáticas; o desempenho entre pessoas assintomáticas não é bem caracterizado.
A sensibilidade do teste do antígeno BinaxNOW, em comparação com o teste da reação em cadeia da polimerase (PCR), foi menor quando usado para testar amostras de pessoas assintomáticas (35,8%) do que sintomáticas (64,2%), mas a especificidade foi alta. A sensibilidade foi maior para amostras de cultura positiva (92,6% e 78,6% para aquelas de pessoas sintomáticas e assintomáticas, respectivamente); no entanto, algumas amostras negativas para teste de antígeno tinham vírus cultiváveis.
A alta especificidade e o rápido tempo de resposta do teste do antígeno BinaxNOW facilitam o isolamento precoce de pessoas infecciosas. Os testes de antígenos podem ser uma ferramenta importante em uma estratégia geral de testes da comunidade para reduzir a transmissão.
Fonte: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/mm7003e3.htm?s_cid=mm7003e3_w
CDC: variantes emergentes de SARS-CoV-2
Múltiplas variantes do SARS-CoV-2 estão circulando globalmente. Várias novas variantes surgiram no outono de 2020, mais notavelmente:
- No Reino Unido (UK), uma nova variante do SARS-CoV-2 (conhecida como 20I / 501Y.V1, VOC 202012/01 ou B.1.1.7) surgiu com um número incomumente grande de mutações. Desde então, essa variante foi detectada em vários países ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos (EUA) e o Canadá.
- Na África do Sul, outra variante de SARS-CoV-2 (conhecida como 20H / 501Y.V2 ou B.1.351) emergiu independentemente de B.1.1.7. Esta variante compartilha algumas mutações com B.1.1.7. Os casos atribuídos a esta variante foram detectados fora da África do Sul.
- No Brasil, uma variante do SARS-CoV-2 (conhecida como P.1) surgiu e foi identificada em quatro viajantes do Brasil, que foram testados durante triagem de rotina no aeroporto de Haneda, fora de Tóquio, Japão. Esta variante tem 17 mutações únicas, incluindo três no domínio de ligação ao receptor da proteína spike.
Os cientistas estão trabalhando para aprender mais sobre essas variantes para entender melhor a facilidade com que podem ser transmitidas e a eficácia das vacinas atualmente autorizadas contra elas. No momento, não há evidências de que essas variantes causem doenças mais graves ou aumentem o risco de morte. Novas informações sobre as características virológicas, epidemiológicas e clínicas dessas variantes estão surgindo rapidamente.
O CDC, em colaboração com outras agências de saúde pública, está monitorando a situação de perto. O CDC está trabalhando para detectar e caracterizar variantes virais emergentes. Além disso, o CDC tem uma equipe disponível para fornecer suporte técnico no local para investigar as características epidemiológicas e clínicas das infecções variantes da SARS-CoV-2. O CDC comunicará novas informações assim que estiverem disponíveis.
Teste para verificar infecção passada por SARS-CoV-2
Os testes de anticorpos ou sorologia procuram anticorpos em seu sangue para determinar se você teve uma infecção anterior com o vírus que causa COVID-19.
Os anticorpos são proteínas criadas pelo sistema imunológico do seu corpo logo após você ter sido infectado ou vacinado.
Os anticorpos ajudam a combater infecções e podem protegê-lo de contrair a doença novamente. O tempo que essa proteção pode durar é diferente para cada doença e cada pessoa.
Os testes de anticorpos não devem ser usados para diagnosticar uma infecção atual com o vírus que causa COVID-19, exceto nos casos em que o teste viral está atrasado. Um teste de anticorpos pode não mostrar se você tem uma infecção no momento, porque pode levar de 1 a 3 semanas para o seu corpo produzir anticorpos.
- Se você testar positivo
Um resultado de teste positivo mostra que você pode ter anticorpos de uma infecção com o vírus que causa COVID-19.
Ter anticorpos para o vírus que causa o COVID-19 pode fornecer proteção contra a infecção pelo vírus novamente. Porém, mesmo que isso aconteça, não sabemos quanta proteção os anticorpos podem fornecer ou quanto tempo essa proteção pode durar. Foram notificados casos confirmados e suspeitos de reinfecção, mas permanecem raros.
Converse com seu médico sobre o resultado do seu teste e o tipo de teste que você fez para entender o que significa o seu resultado. Seu médico pode sugerir que você faça um segundo tipo de teste de anticorpos para ver se o primeiro teste foi preciso.
Você deve continuar a se proteger e a proteger outras pessoas, pois pode ser infectado pelo vírus novamente.
Se você trabalha em um emprego em que usa equipamento de proteção individual (EPI), continue usando o EPI.
Você pode testar positivo para anticorpos mesmo se nunca teve sintomas de COVID-19. Isso pode acontecer se você tiver uma infecção sem sintomas, que é chamada de infecção assintomática.
- Se você testar negativo
Você pode nunca ter tido COVID-19. Converse com seu médico sobre o resultado do seu teste e o tipo de teste que você fez para entender o que significa o seu resultado.
Você pode ter uma infecção atual ou foi infectado recentemente.
O teste pode ser negativo porque normalmente leva de 1 a 3 semanas após a infecção para que seu corpo produza anticorpos. É possível que você ainda fique doente se tiver sido exposto ao vírus recentemente. Isso significa que você ainda pode espalhar o vírus.
Algumas pessoas podem demorar ainda mais para desenvolver anticorpos, e algumas pessoas infectadas podem nunca desenvolver anticorpos.
Se você apresentar sintomas após o teste de anticorpos, pode ser necessário outro teste chamado teste viral. Os testes virais identificam o vírus em amostras do seu sistema respiratório, como um cotonete de dentro do nariz.
Independentemente de seu teste ser positivo ou negativo, os resultados não confirmam se você é capaz de espalhar o vírus que causa o COVID-19. Até que saibamos mais, continue tomando medidas para proteger a si mesmo e aos outros.
Fonte: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/testing/serology-overview.html
OMS: princípios de prevenção e controle de infecção (PCI) e procedimentos para atividades de vacinação COVID-19
A Organização Mundial de Saúde divulgou uma atualização do documento que resume os princípios chave do PCI a serem considerados e as precauções para a entrega de vacinas para COVID-19.
Os princípios e recomendações fornecidos neste documento derivam dos padrões e outras orientações da OMS em relação a imunizações
no contexto de COVID-19 e é destinado a formuladores de políticas de saúde, gerentes de programa de imunização, bem como para todos os profissionais de saúde envolvidos entrega da vacina para COVID-19.
No documento são discutidos tópicos de planejamento de vacinação, suprimento de EPIs, questões ambientais, entre outros.
Fonte: https://www.who.int/publications/i/item/who-2019-ncov-vaccination-IPC-2021-1
Vacina do Butantan: tudo que você sempre quis saber e não tinha para quem perguntar
O Instituto Butantan preparou uma página com as principais dúvidas da população sobre a vacina CoronaVac, como por exemplo:
- Por que a eficácia da CoronaVac é menor? O estudo traçou um estudo diferenciado ao selecionar somente profissionais da saúde e que atuam diretamente na linha de frente. Nenhuma das demais vacinas foi testada em um ambiente de incidência tão alta. Nossa vacina ter apresentado uma eficácia de 50,38% não quer dizer que não seja boa. Pelo contrário, a eficácia de 50,38% da Coronavac está dentro do recomendado estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Anvisa, e quando comparada a outras vacinas como a da gripe, por exemplo, a eficácia é ainda maior.
- Quem pode tomar a vacina e quantas doses serão necessárias? Inicialmente, o programa de imunização terá como alvo profissionais da saúde, pessoas com mais de 60 anos, indígenas e quilombolas. Terminada essa primeira fase da campanha, os demais grupos serão vacinados. Crianças e grávidas não entraram nos primeiros testes, mas participarão em breve dos estudos do Butantan. As duas doses da vacina somam 50,38% de eficácia e, durante o estudo, a segunda dose foi aplicada num intervalo de 14 a 28 dias em relação à primeira.
Confira a matéria na íntegra em: https://butantan.gov.br/temp/butantan-tira-duvida/tira-duvida-noticias/vacina-do-butantan-tudo-que-voce-sempre-quis-saber-e-nao-tinha-para-quem-perguntar
Instituto de Saúde Pública do Chile aprova uso emergencial da CoronaVac
A CoronaVac foi testada no Chile em ensaios clínicos de Fase 3 e recebeu autorização do Instituto de Saúde Pública (ISP) para uso emergencial. A expectativa é que, após a negociação do governo de 10 milhões de doses para o primeiro semestre deste ano, chegue a primeira remessa com pouco mais de 2,1 milhões de doses até o fim do mês de janeiro. A vacina será administrada em adultos entre 18 e 59 anos.
A reunião do ISP teve 11 votos a favor, dois contra e uma abstenção, além de algumas considerações em comum entre os cientistas. Uma delas é a limitação da idade para a vacinação, pois ainda não há evidências disponíveis para aplicação em pessoas com 60 anos ou mais. Outra é a realização de acompanhamentos contínuos de farmacovigilância, para estar atento a eventuais efeitos colaterais, além do compromisso dos pesquisadores de informar ao ISP os dados de imunogenicidade e resposta celular.
Fiocruz da Amazônia confirma reinfecção por nova variante do Sars-CoV-2
Pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD /Fiocruz Amazônia), em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) confirmaram o segundo caso de reinfecção no Brasil pelo SARS-CoV-2. A reinfecção se deu em Manaus, pela nova variante identificada no Amazonas, designada B.1.1.28.1 ou P.1. O caso foi confirmado pelo virologista e pesquisador Felipe Naveca.
“A confirmação do caso de reinfecção se deu ao concluirmos o sequenciamento genético das amostras, compararmos a primeira infecção e a segunda, o que mostrou se tratarem de linhagens diferentes. Esse era o último critério que estava faltando para confirmar o caso de reinfecção”, comentou Naveca.
Esse primeiro caso documentado de reinfecção pela nova linhagem P.1 emergente se deu em uma mulher de 29 anos de idade do Amazonas. A primeira infecção pelo SARS-CoV-2 nessa paciente ocorreu em março, e a segunda em dezembro. Ambos os resultados positivos para SARS-CoV-2 foram feitos por exame de RT-PCR.
Alerta sobre a variante de coronavírus em Manaus
O grupo de pesquisadores Observatório Covid-19 BR divulgou uma nota alertando sobre uma nova variante do vírus em território brasileiro. Seguem os destaques do documento:
- A variante do vírus Sars-Cov-2 encontrada em Manaus possui duas mutações com o potencial de aumento na capacidade de transmissão. As mesmas mutações ocorreram em outros locais, sugerindo uma adaptação do vírus às nossas defesas imunológicas.
- A falta de controle no mapeamento e difusão da nova variante preocupa pelos danos que pode causar à população, com uma possível onda de casos de reinfecção e maior carga viral por indivíduo.
- Os vírus se espalham com o fluxo de pessoas, por rotas aeroviárias, rodoviárias e fluviais, portanto são esses os pontos de atenção especial para uma estratégia de contenção da nova variante, que é mais transmissível e com potencial de reinfecção.
- Para que se evite o espalhamento no Amazonas e em todo Brasil, é urgente que haja vigilância de casos suspeitos de reinfecção com as ferramentas que temos às mãos.