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Nova Diretriz para tratamento de Infecções por Bactérias Gram-Negativas Resistentes a Antimicrobianos da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA).

A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA) publicou recentemente uma diretriz com foco em infecções causadas por Enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL-E), Enterobactérias produtoras de β-lactamase AmpC (AmpC-E), Enterobactérias resistentes a carbapenêmicos (CRE), Pseudomonas aeruginosa com resistência de difícil tratamento (DTR P. aeruginosa), Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB) e Stenotrophomonas maltophilia.

As questões sobre o tratamento de infecções causadas por esses microrganismos foram formuladas por um painel de seis especialistas em doenças infecciosas, com experiência no manejo de infecções resistentes a antimicrobianos. Os especialistas responderam as perguntas sobre tratamento com base em uma revisão abrangente (mas não necessariamente sistemática) da literatura, experiência clínica e opinião de especialistas. Foram realizadas diversas edições e atualizações de dados pré-clínicos e clínicos em praticamente todas as questões, em comparação ao documento de orientação sobre RAM da IDSA de 2023. Ressalta-se que este documento foca no tratamento de infecções AMR nos Estados Unidos, levando em conta a epidemiologia do AMR e a disponibilidade de antimicrobianos específicos.

Neste documento, são fornecidas abordagens preferenciais e alternativas sugeridas para o tratamento, com justificativas acompanhando as recomendações, assumindo que o microrganismo causador foi identificado e os resultados de suscetibilidade a antibióticos são conhecidos. Abordagens para tratamento empírico, transição para terapia oral, duração do tratamento e outras considerações de manejo são discutidas brevemente.

 

  • Veja abaixo as principais questões abordadas neste documento sobre Enterobactérias produtoras de β-lactamase de espectro estendido (ESBL-E):
  • Tratamento de cistite não complicada, pielonefrite, ITU complicada e infecções fora do trato urinário causadas por ESBL-E;
  • Papel da piperacilina-tazobactam, cefepime e cefamicinas no tratamento de infecções causadas por ESBL-E;
  • Papel das combinações mais recentes de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase e do cefiderocol no tratamento de infecções causadas por ESBL-E;
  • Espécies de Enterobacterales comumente identificadas que devem ser consideradas com risco moderado para a produção induzível de ampC clinicamente significativa e as características que devem ser consideradas na escolha de antibióticos para essas infecções;
  • Papel da cefepima, ceftriaxona e piperacilina-tazobactam no tratamento de infecções causadas por Enterobacterales com risco moderado de produção clinicamente significativa de AmpC devido a um gene ampC induzível;
  • Papel das combinações mais recentes de β-lactâmicos-inibidores de β-lactamase, do cefiderocol e terapia não β-lactâmicana no tratamento de infecções causadas por Enterobacterales com risco moderado de produção clinicamente significativa de AmpC devido a um gene ampC induzível;
  • Os antibióticos de escolha para o tratamento de cistite não complicada, pielonefrite e ITU complicada causada por CRE;
  • Os antibióticos de escolha para o tratamento de infecções fora do trato urinário causada por CRE não produtoras de carbapenemase, produtoras de KPC, NDM ,outras metalo-beta-lactamases e OXA-48;
  • A probabilidade de surgimento de resistência de isolados de CRE aos novos agentes β-lactâmicos quando usados para tratar infecções por CRE;
  • O papel dos derivados da tetraciclina, polimixinas e da terapia com antibióticos combinados no tratamento de infecções causadas por CRE;
  • Os antibióticos de escolha para o tratamento de infecções causadas por P. aeruginosa MDR;
  • Diferenças na porcentagem de atividade contra P. aeruginosa DTR entre os agentes β-lactâmicos disponíveis;
  • Os antibióticos de escolha para o tratamento de cistite não complicada, pielonefrite, ITU complicada e infecções fora do trato urinário causadas por P. aeruginosa DTR;
  • Os antibióticos de escolha para o tratamento de P. aeruginosa DTR produtora de enzimas metalo-β-lactamase;
  • A probabilidade de surgimento de resistência de isolados de P. aeruginosa DTR aos novos agentes β-lactâmicos quando usados para tratar infecções por P. aeruginosa DTR;
  • O papel da terapia com antibióticos combinados no tratamento de infecções causadas por P. aeruginosa DTR;
  • O papel dos antibióticos nebulizados no tratamento de infecções respiratórias causadas por P. aeruginosa DTR;
  • A abordagem geral para o tratamento de infecções causadas por CRAB;
  • O papel do sulbactam-durlobactam, ampicilina-sulbactam, polimixinas, derivados da tetraciclina, cefiderocol, rifamicinas, da terapia com antibióticos combinados e da infusão prolongada de meropenem ou imipenem-cilastatina no tratamento de infecções causadas por CRAB;
  • O papel dos antibióticos nebulizados no tratamento de infecções respiratórias causadas por CRAB;
  • A abordagem geral para o tratamento de infecções causadas por S. maltophilia;
  • O papel do cefiderocol, ceftazidima-avibactam, do aztreonam, derivados da tetraciclina, trimetoprim-sulfametoxazol, das fluoroquinolonas e ceftazidima no tratamento de infecções causadas por S. maltophilia.

Conclusões:

               O campo da resistência aos antimicrobianos (AMR) é muito dinâmico e está em constante evolução, e o tratamento de infecções resistentes continuará a representar um desafio. À medida que novos antibióticos contra patógenos resistentes são incorporados à prática clínica, estamos aprendendo mais sobre sua eficácia e propensão à resistência.

               A orientação de tratamento será atualizada aproximadamente anualmente e está disponível em: https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance/

Quais as limitações deste documento?

Embora breves descrições de ensaios clínicos notáveis, mecanismos de resistência e métodos de teste de suscetibilidade antimicrobiana (AST) estejam incluídas, o documento não fornece uma revisão abrangente desses tópicos. Além disso, apesar das abordagens sugeridas se aplicam tanto para populações adultas quanto pediátricas, só fornece sugestões de dosagens de antibióticos para adultos.

Fonte: https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance/

Leituras complementares:

E-book sobre resistência microbiana: https://cursos.ccih.med.br/ebook-resistencia-bacteriana

Stewardship de antibióticos e resistência antimicrobiana: https://www.ccih.med.br/stewardship-de-antimicrobianos-gerenciando-o-uso-dos-antimicrobianos-para-salvar-vidas/

Prevenção e controle de infecção: https://www.ccih.med.br/como-e-por-que-controlar-as-infeccoes-hospitalares/

MBA Gestão em Saúde e Controle de Infecção: https://www.ccih.med.br/cursos-mba/mba-ccih-gestao-em-saude-e-controle-de-infeccao/ 

 

Tradução e síntese: Beatriz Grion

https://www.linkedin.com/in/beatriz-alessandra-rudi-grion-57213315b/

https://www.instagram.com/beatrizgrion/

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