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OMS declara emergência de saúde global por Monkeypox – Ministério da Saúde publica Nota Técnica com recomendações.

Monkeypox

OMS declara emergência de saúde global por Monkeypox – Ministério da Saúde publica Nota Técnica com recomendações.

Monkeypox: Saiba o que a OMS e o Ministério da Saúde recomendam em notas técnicas.

A Monkeypox (Mpox) constituiu uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) no período de julho de 2022 até maio de 2023. Hoje, 14/08/2024, a OMS declarou uma nova emergência de saúde global devido ao aumento alarmante dos casos e óbitos por Mpox na África, bem como à preocupação com uma variante mais transmissível e agressiva. Em resposta, o Ministério da Saúde publicou a Nota Técnica Nº 29/2024 recomendando a intensificação da vigilância dos casos de Mpox.

Segundo o Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças, mais de 17.000 casos e 500 mortes foram registrados em 13 países da África neste ano, classificando o surto como um ‘evento de risco muito elevado’. A atual variante, conhecida como 1b, chega a ter letalidade de 10% em crianças pequenas, enquanto a variante 2b, que causou a epidemia global de Mpox em 2022, registrou taxa de letalidade de menos de 1%. Essa nova variante surgiu na República Democrática do Congo, país que enfrenta um surto nacional desde dezembro de 2022, com transmissão comunitária sustentada difundida principalmente através da transmissão sexual. Atualmente, o país é responsável por 96% dos casos confirmados neste mês na África.

No Brasil, entre a Semana Epidemiológica (SE) 22 de 2022 até a SE 32 de 2024, foram notificados 12.215 casos confirmados e prováveis. Neste ano, já foram registrados 709 casos no país, sendo a ocorrência predominantemente na região Sudeste. Embora a nova variante atualmente esteja restrita ao território africano, é fundamental manter as ações de prevenção e vigilância e conscientizar os profissionais de saúde para aprimorar a identificação oportuna de novos casos.

A Mpox é uma doença zoonótica causada pelo mpox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O período de incubação geralmente varia de 6 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias. O quadro clínico é caracterizado principalmente por manifestação cutânea papulovesicular, precedido ou não de febre e de linfadenopatia (inchaço dos gânglios). Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão. Os casos de Mpox recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões nas áreas genital e anal e acometimento de mucosas (oral, retal e uretral).

A transmissão ocorre principalmente por contato próximo com uma pessoa infectada, incluindo relações sexuais. Além disso, o vírus pode ser disseminado pelo contato com objetos, superfícies contaminadas e secreções respiratórias. A pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus desde o início dos sinais e sintomas até a completa cicatrização das lesões cutâneas.

O diagnóstico laboratorial é realizado por meio da detecção molecular do vírus utilizando qPCR. Atualmente, os 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) estão realizando o exame oferecendo suporte de cobertura para todo o Brasil. Todos os resultados de testes diagnóstico para detecção do Mpox realizados por laboratórios no território nacional devem ser obrigatoriamente notificados em até 24 horas, segundo a Portaria GM/MS n.° 3.148/2024.

As medidas de vigilância para Mpox incluem:

-Realizar notificação oportuna de casos suspeitos de Mpox;

Investigar os casos prováveis e confirmados e seus contactantes para reconhecer grupos vulneráveis e modos de transmissão em possíveis surtos;

-Realizar a notificação dos casos de forma mais qualificada e ideal  possível no sistema de notificação Sistema de Informação de Agravos de Notificação (e-SUS SINAN), disponível em: https://esussinan.saude.gov.br/login

Outras recomendações desta Nota Técnica:

Sensibilizar as redes de vigilância e atenção à saúde organizadas sobre a situação epidemiológica;

Notificar, investigar e monitorar casos suspeitos de Mpox conforme a definição de caso estabelecida, no devido sistema de informação orientado pelo Ministério da Saúde;

Realizar avaliação de risco e análise do perfil epidemiológico de Mpox para pautar a gestão na elaboração de documentos norteadores e tomadas de decisão;

– Apoiar o funcionamento adequado e a oportuna organização da rede de atenção para atendimento aos casos de Mpox.

 

Fontes:

https://www.ccih.med.br/wp-content/uploads/2024/08/NOTA-TECNICA-No-29-2024-DATHI-SVSA-MS-1.pdf

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/oms-declara-mpox-como-emergencia-de-saude-publica-global/

 

Fontes:

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/oms-declara-mpox-como-emergencia-de-saude-publica-global/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-08/surto-de-mpox-na-africa-preocupa-oms

Veja em anexo a Nota Tecnica do Ministério da Saúde

NOTA TÉCNICA Nº 29 – 2024 – DATHI – SVSA – MS (1)

Sinopse por: Beatriz Grion

https://www.linkedin.com/in/beatriz-alessandra-rudi-grion-57213315b/

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