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Perigos e armadilhas de estudos com probióticos para prevenção da infecção por Clostridioides difficile

Prevenção Primária de Infecções Difficile Clostridioides (Clostridium) (CDI) é uma importante, mas desafiadora, a meta de controle de infecção para hospitais e instalações de saúde.

Qual a justificativa do estudo?

Prevenção Primária de Infecções Clostridioides difficile (Clostridium) (CDI) é uma importante, mas desafiadora, a meta de controle de infecção para hospitais e instalações de saúde. Os protocolos de controle de infecção aprimorados reduziram as taxas de CDI, mas o problema persiste e a administração de probióticos para pacientes em risco pode ser muito útil, se for comprovada segura e eficaz.

Ensaios controlados randomizados são amplamente impraticáveis ​​para estudos de prevenção primária devido o grande tamanho da amostra necessária e estudos quase experimentais estão se tornando mais frequentes como método para avaliar esse problema. O aprimoramento de protocolos de controle de infecção reduziu as taxas de CDI, mas o problema persiste e a administração de probióticos para pacientes em risco pode ser muito útil.

Qual o objetivo do estudo?

Os autores tiveram como objetivo revisar os estudos quase-experimentais publicados que incluíram probióticos em seus protocolos de controle de infecção para reduzir CDI, de forma a determinar os pontos de força e as limitações desse tipo de design de estudo.

Qual metodologia foi empregada?

A literatura foi pesquisada usando bancos de dados PubMed, Google Acadêmico, Medline e Cochrane e resumos de artigos apresentados em reuniões sobre doenças infecciosas e controle de infecção. Os dados coletados foram de janeiro de 2000 a janeiro 2020. Foram incluídos estudos de intervenção quase-experimental testando diversos probióticos para a prevenção primária de CDI.

Quais os principais resultados?

Foram encontrados 28 estudos testando ao menos uma intervenção probiótica. Dos estudos incluídos foram analisados 10 estudos de intervenção hospitalar, 6 estudos com foco no ambiente de enfermaria e 12 estudos sobre sustentabilidade, custo-benefício ou análise de subgrupo. 7 tipos diferentes de probióticos foram aplicados em diferentes combinações:

Saccharomyces boulardii (sozinho)

– Lactobacillus acidophilus, Bifidobacterium longum, Bifido lactis (mix)

– Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Lactobacillus rhamnosus (mix)

– S. boulardii, L. acidophilus, L. bulgaricus (mix)

Todos os probióticos mostraram reduzir significantemente a CDI em ao menos um estudo; contudo outros estudos não demonstraram redução significante nas taxas de CDI.

Quais as conclusões e recomendações finais?

Os autores ressaltam que os estudos de design quase-experimental podem ser influenciados por diversos fatores que devem ser cuidadosamente contabilizados na análise.

Alguns probióticos podem ser uma adição eficaz para os protocolos de controle de infecção para prevenir CDIs, mas considerações cuidadosas do projeto do estudo são necessárias.

Quais as limitações do estudo?

As limitações citadas são:

– número limitado de preparações probióticas com evidência suficiente para serem incluídas no estudo

– grande variedade no tamanho dos estudos

– recente mudança na taxonomia das cepas probióticas

Que críticas e observações?

Os autores realizaram um notável trabalho com os dados disponíveis. O tema foi pesquisado de modo objetivo e a discussão dos dados é muito lúcida, mostrando ponderação consciente por parte dos autores. Além disso, o que pessoalmente considero o ponto de força maior do artigo, deixa importantes recomendações para estudos futuros; sendo elas em 4 linhas principais: descrição completa das cepas probióticas, inclusão de um período inicial no design dos estudos, documentação de conformidade e documentação de segurança.

Fonte: McFarland LV, Johnson SB, Evans CT. Perils and pitfalls of probiotic quasi-experimental studies for primary prevention of Clostridioides difficile infection: A review of the evidence. Am J Infect Control. 2021 Mar;49(3):375-384.

Sinopse por: Maria Julia Ricci

E-mail: [email protected]

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Instagram: @mariajuliaricci_

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