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CCIH CURSOS: HÁ 21 ANOS DISSEMINANDO SABEDORIA

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Você sabia que a realidade virtual pode ser uma grande aliada na educação em saúde?

Você sabia que a realidade virtual pode ser uma grande aliada na educação em saúde?

Com a realidade virtual é possível aprender procedimentos de prevenção e controle de infecção de uma forma mais imersiva e interativa. Imagine só poder praticar a higiene das mãos em um ambiente virtual antes de aplicá-la na vida real? É incrível! 🤩👏 Afinal, aprender na prática é muito mais efetivo do que apenas ler teorias em livros, não é mesmo? Por isso, a realidade virtual tem sido cada vez mais utilizada na educação, principalmente na área da saúde. E você, já teve alguma experiência com a realidade virtual na educação? Conta pra gente nos comentários! 🤔 #realidadevirtual #educação #saúde #prevençãodeinfecção #controledeinfecção

Realidade virtual tem uso potencial para treinar higiene das mãos e usos de EPI nos hospitais?

A higiene das mãos é um procedimento fundamental para prevenção de infecções relacionadas a assistência à saude, porém, apesar das diversas medidas educacionais aplicadas há anos, a melhoria da conformidade continua a ser um desafio global. Nos últimos anos a realidade virtual tem sido cada vez mais aplicada no âmbito educacional como alternativa e/ou complemento para as metodologias expositivas tradicionais, já que essa tecnologia proporciona a imersão do usuário em um ambiente virtual que pode auxiliar no aprendizado. Até o momento, contudo, essa tecnologia não tem sido aplicada para a melhoria da adesão a higiene das mãos e do uso de EPIs.

Podemos comparar a realidade virtual com o ensino convencional?

Esse estudo teve como objetivo comparar a eficácia de dois métodos de ensino – palestra vs realidade virtual (VR) – para o ensino de procedimentos básicos de controle de infecções, mais especificamente na higiene das mãos e colocação de EPIs.

 

Como foi realizada essa comparação do ensino virtual com o tradicional?

O estudo foi realizado com um grupo de 42 estudantes de medicina no Japão. Os estudantes foram divididos em dois grupos que receberam o mesmo conteúdo curricular com metodologias diversas; sendo um por VR usando um vídeo 360° completamente imersivo e o outro por exposição convencional usando slides de powerpoint.

Para avaliar o impacto da estratégia educacional foram realizadas avaliações da implementação de práticas adequadas de higiene das mãos e do uso de EPIs, por meio de avaliação OSCE (Exame Clínico Objetivo Estruturado) realizada em manequins, antes e depois do treinamento. A performance dos alunos foi analisada por uma equipe de avaliadores treinados para garantir a uniformidade das pontuações e que desconheciam o grupo de proveniência dos alunos.

 

Qual metodologia apresentou os melhores resultados na adesão às recomendações?

Foi observada baixa adesão generalizada a higiene das mãos, particularmente após tocar os pacientes; após a sessão de aprendizado a adesão tendeu a melhorar para ambos. As sessões resultaram em melhora nos scores de higienização das mãos e uso adequado de EPIs para os dois grupos. O grupo de realidade virtual apresentou pontuações totais pós teste significativamente mais altas, além de relatarem apreço pela metodologia de treinamento e que gostariam de usar o mesmo método de aprendizado em oportunidades futuras.

 

A realidade virtual supera o ensino convencional para as práticas de higiene das mãos e uso de EPI em hospitais?

Os autores concluem que o aprendizado em estilo expositivo é um método útil para adquirir sistematicamente uma ampla gama de conhecimento, no entanto esses conhecimentos nem sempre são aplicados ao comportamento real. Eles ressaltam que a VR pode ser uma ferramenta educacional útil para a aquisição de habilidades práticas por meio de experiencias imersivas baseadas em cenários reais, ajudando a aumentar a adesão a adequada higiene das mãos e uso de EPIs. Uma das hipóteses que pode justificar a melhor performance percebida é que a experiencia de VR permite a visualização de perspectivas diversas – nesse estudo, por exemplo, permitindo ao aluno de observar também a perspectiva do paciente e a “visualização” do espalhamento de microrganismos – podendo contribuir ao reconhecimento da importância das estratégias de prevenção de infecção.

Em relação ao elevado custo de implementação da VR (cerca de U$65.000 para desenvolvimento do vídeo e de U$1.000 dólares por óculos) em relação aos slides (cerca de 12 horas de trabalho de 3 profissionais da universidade), destacam que após o investimento inicial para o desenvolvimento o material pode ser utilizado por muitos alunos e profissionais de saude por longos períodos e em diferentes contextos.

Quais foram as limitações do estudo?

Destacam-se algumas limitações. Primeiro, apesar de o conteúdo curricular dos materiais ter sido o mesmo, os conteúdos instrucionais não foram idênticos entre os dois grupos. Segundo, não houve uma verificação da retenção do aprendizado a longo prazo. Por fim, a coorte de estudo foi composta exclusivamente por estudantes de graduação e a realidade da adesão as práticas avaliadas pode não refletir a realidade dos profissionais de saude.

 

Fonte:  Omori K, Shigemoto N, Kitagawa H, Nomura T, Kaiki Y, Miyaji K, Akita T, Kobayashi T, Hattori M, Hasunuma N, Tanaka J, Ohge H. Virtual reality as a learning tool for improving infection control procedures. Am J Infect Control. 2023 Feb;51(2):129-134

Link: https://doi.org/10.1016/j.ajic.2022.05.023

 

Sinopse por: Maria Julia Ricci

E-mail: maria.ricciferreira@edu.unito.it

Instagram: https://www.instagram.com/sonojuju/

 

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TAGs/palavras-chave: prevenção de infecções, higiene das mãos, realidade virtual, estratégia educacional, tecnologia, inovação, EPI, IRAS

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